Por G1 Rio


O traficante Nem, da Rocinha — Foto: Reprodução/ TV Globo

O juiz Rafael Estrela, da Vara de Execuções Penais (VEP) renovou por mais 360 dias o prazo de permanência dos traficantes Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, e Eliseu Felício de Souza, o Zeu, nos presídios federais de Porto Velho/RO e Mossoró/RN, respectivamente. O juiz acolheu pedido da Secretaria Estadual de Segurança, cujo relatório de inteligência apontou para o risco de aumento dos confrontos armados na cidade.

De acordo com o documento da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, a disputa armada entre facções rivais na Rocinha foi um dos motivos apontados pela permanência dos criminosos nos presídios federais. Nem teria ordenado a invasão da comunidade de dentro do presídio federal, em Rondônia. Na decisão, o magistrado lembra que a Lei de Execuções Penais permite que o preso seja recolhido em presídio federal de outro estado quando a medida se justificar no interesse da segurança pública.

“Reforça-se a imprescindibilidade da medida em questão, quando se vislumbra o atual momento de crise em que se encontra o Estado do Rio de Janeiro, com sérias implicações no potencial de investimento e manutenção dos órgãos de segurança pública e administração penitenciária, reforçando a sensação de insegurança e instabilidade, que só se agravarão com o retorno dos líderes de facção”, destacou o juiz na decisão.

Nem cumpre pena em presídio federal desde novembro de 2011. Zeu foi levado em dezembro de 2010. Ele é considerado como um dos líderes de uma das facções criminosas da cidade e foi condenado a 23 anos de prisão pela morte do jornalista Tim Lopes.

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