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Por GloboEsporte.com


Max Verstappen foi o primeiro a andar no traçado remodelado de Zandvoort, sede do GP da Holanda — Foto: Divulgação/Red Bull

Na mesma semana em que o GP do Canadá foi adiado, se tornando a nona etapa impactada pela pandemia de coronavírus, a F1 divulgou que planeja começar a temporada em julho, na Europa e de portões fechados. Mas a sugestão não agradou o diretor do GP da Holanda, Jan Lammers, que disse ser impensável realizar a corrida em Zandvoort, que volta ao calendário após 35 anos, sem público presente.

- Uma corrida (sem público) é um cenário impensável. Se você tem uma corrida, não pode ser com restrições. Você precisa ser conseguir celebrar. Para nós é o retorno da F1 após 35 anos. E isso deveria ser celebrado em uma grande festa com todo mundo.

Um dos motivos de o GP da Holanda ter voltado ao calendário foi pela atenção e público que Max Verstappen tem atraído aos circuitos do mundo, principalmente os da Europa. Uma série de investimentos e reformas foi feita para receber um grande público na pista litorânea.

Torcida de Max Verstappen no GP da Áustria de Fórmula 1 — Foto: Mark Thompson/Getty Images

O diretor do GP acredita que teria que reconsiderar o modo como pensa se um pedido formal da Fórmula 1 fosse feito, coisa que ainda não aconteceu.

- Se fôssemos perguntados sobre isso, pensaríamos seriamente a respeito. Uma corria sem fãs não é algo que queremos pensar a respeito até que nos seja perguntado. Felizmente isso ainda não aconteceu. Até onde sei, isso não seria possível.

Apesar da opinião a sobre a corrida com portas fechadas, Lammers reconhece os esforços que a categoria e a Federação estão fazendo para manter o futuro do esporte enquanto pensam na saúde de todos os envolvidos.

- Não podemos esquecer que a F1 e a FIA estão lidando com uma grande problema. Estão tentando salvar o máximo que podem: equipes, promotores, patrocinadores. Eles estão fazendo o que se espera deles, pensando em todos os cenários. É bom que estejam fazendo isso. Podemos apenas torcer para que logo recebamos o sinal verde para que possamos ter a corrida. Porque isso também significaria que o vírus está um pouco sob controle, a coisa mais importante em todo esse assunto.

O calendário da Fórmula 1 em 2020 sofreu impactos severos devido à pandemia de Covid-19. Além do impacto sofrido pelo GP do Canadá, as corridas da Austrália e Mônaco foram cancelados, enquanto as provas de Barein, Vietnã, China, Holanda, Espanha e Azerbaijão estão adiadas.

Fábricas fechadas por mais tempo, redução de teto orçamentário e de salários

Em votação unânime, a F1, as equipes e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), anunciaram nesta terça-feira a extensão de 21 para 35 dias do fechamento compulsório das fábricas das equipes durante a pandemia de coronavírus.

Também nesta terça, a direção da Fórmula 1 seguiu o exemplo de McLaren, Williams e Racing Point e decidiu conceder licença a funcionários, além de reduzir os salários de seu corpo diretivo em 20% devido à pandemia mundial de coronavírus. O CEO Chase Carey poderá voluntariamente ter uma redução ainda maior em seus vencimentos.

Já na segunda-feira, a Fórmula 1 e as equipes acertaram uma redução no teto orçamentário que passará a vigorar a partir de 2021. Em vez de US$ 175 milhões (cerca de R$ 925 milhões), o limite será de 150 milhões (aproximadamente R$ 792 milhões).

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