Por NSC TV


Prêmios coroam produção de vinhos e espumantes na Serra de SC

Prêmios coroam produção de vinhos e espumantes na Serra de SC

Santa Catarina vem ganhando destaque na produção de vinhos e espumantes, que têm conquistados prêmios nacionais e internacionais, além de movimentar a economia de algumas regiões do estado.

No caso do vinho, o diferencial catarinense é a altitude e o frio intenso. O enólogo Jean Pierre explica que, com as noites sendo frias, a planta para de crescer, o que se transforma em energia que vai para os frutos. “Que é exatamente o que nós queremos para poder fazer os bons vinhos”, diz.

Hoje, a região dos vinhos de altitude do estado produz cerca de 1,5 milhão de garrafas por ano. São mais 200 rótulos diferentes.

“A gente tem esse amor por essa uvinha, por essa fruta, digamos, que depois a gente quer transformar nesse líquido precioso. E ai a gente é compensado com esses prêmios. Pra mim, na verdade, o melhor prêmio que eu posso receber são as pessoas que vêm degustar esse vinho e acham esse vinho maravilhoso”, diz Carolina Rojas Ferraz, sommelière.

Produção de vinhos e espumantes impulsiona economia no Oeste de SC

Produção de vinhos e espumantes impulsiona economia no Oeste de SC

Espumantes

E os espumantes, tão procurados nesta época do ano, não ficam para trás em termos de qualidade. “Eles estão ocupando um grande espaço porque têm uma qualidade sensacional”, diz Pierre.

A bebida vem ganhando popularidade e passou também a ser consumida em outros períodos do ano, impulsionando a economia na região Meio-Oeste. Cada vez mais vinícolas têm apostado na produção de espumantes.

As uvas mais usadas para a produção de espumantes são as mais ácidas. Elas também são colhidas mais cedo do que as uvas usadas pra produção dos vinhos

A colheita ocorre em fevereiro. Depois de selecionadas as uvas, é feito um vinho base, que passa por dois processos de fermentação em tanques, o que leva cerca de três meses.

"A gente vai colocar a levedura e o açúcar. Aqui a levedura vai comer esse açúcar e vai transformar em gás carbônico. Esse gás carbônico é o que a gente chama de perlage, que são aquelas borbulhas que encontramos nos espumantes. É uma fermentação natural, nada de adição de gás", explica a empresária Taline de Nardi.

Depois desses três meses o espumante está pronto pra ser engarrafado. Mas no caso de uma vinícola de Videira, eles preferem deixar a bebida descansando por mais meio ano nos tanques, pra só depois colocar nas garrafas. E isso faz muita diferença no aroma e no sabor.

"Esse método charmat preserva muito os armas frutados. Pela tradição do brasileiro pelo gosto tropical, criado desde pequeno com muitas frutas, muito frescor. Ao tomar vocês percebe que ele é redondo, não pinica na boca, tem cremosidade...", disse Taline.

Apesar do consumo de espumantes ter aumentado em outras épocas, as festas de fim de ano ainda representam quase metade das vendas, por isso o ritmo de trabalho é intenso nesta época pra dar conta das encomendas.

Os espumantes produzidos no estado estão ganhando o mundo. Uma vinícola de Tangará foi a única do Brasil a conquistar duas medalhas de ouro em um concurso internacional neste ano. O sindicato que representa o setor trabalha agora na criação de um selo de qualidade para identificar os espumantes produzidos na região.

"A França, na região do Champagne, as uvas tintas não se desenvolviam tanto quanto as brancas. Portanto, lá surgiu o champagne, denominação de origem mais famosa do mundo. Nós aqui no Alto Vale do Rio do Peixe temos algumas semelhanças com essa região. As uvas brancas ficam mais ácidas e produzem muito bem”, explica diz Celso Panceri, presidente do Sindivinho-SC.

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