• Marilia Marasciulo
Atualizado em
Mae Jemison (Foto: NASA (Great Images in NASA Description), via Wikimedia Commons)

Mae Jemison (Foto: NASA (Great Images in NASA Description), via Wikimedia Commons)

Quando Mae Carol Jemison nasceu, em 17 de outubro de 1956, em Decatur, no Alabama, a NASA não permitia que mulheres fossem astronautas. Mulheres negras, como era o caso de Jemison, então, nem se fala. Mas isso não impediu que ela, crescendo em Chicago, sonhasse com ir para o espaço: determinada, ela se formou em Engenharia Química na Universidade Stanford e, depois, em Medicina na Universidade Cornell.

Em 1987, ela conseguiu entrar para a NASA e, cinco anos depois, realizou o sonho de fazer parte da tripulação de um ônibus espacial — o Endeavour, na missão STS-47, que orbitou a Terra do dia 12 ao dia 20 de setembro de 1992. Veja a trajetória de Jemison até chegar às estrelas:

Família de classe média-baixa
Caçula de três irmãos, Jemison não veio de uma família de cientistas ou algo parecido. Seu pai era faz-tudo em uma organização sem fins lucrativos e a mãe, professora primária.

Dançarina
Jemison começou a dançar aos 11 anos e se apaixonou pela arte. Quando estava para se formar no ensino médio, ela estava em dúvida entre estudar Medicina ou tentar virar dançarina profissional. Sua mãe teria dito: “você pode dançar se for médica, mas não pode ser médica se for dançarina.”

Já formada, ela trabalhou para as Forças de Paz
Depois de se formar em Medicina, em 1981, Jemison foi voluntária em um campo de refugiados cambojanos na Tailândia e fez parte da equipe médica das Forças de Paz em Serra Leoa e na Libéria. Além do trabalho de campo, Jemison escreveu manuais de autocuidados, participou de pesquisas para criar a vacina contra a hepatite B e desenvolveu diretrizes para o trabalho voluntário na área de saúde dos Estados Unidos.

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Não foi fácil entrar para a NASA
De volta aos EUA, Jemison chegou a trabalhar como médica em Los Angeles, na Califórnia. Isso até se inscrever no programa de formação de astronautas da NASA: de dois mil candidatos, ela foi uma das 15 pessoas selecionadas.

E mais difícil ainda foi ir ao espaço
Depois de formada astronauta, Jemison trabalhou para a agência por quatro anos na equipe de apoio de lançamentos no Kennedy Space Center, na Flórida.

Mae Jemison no espaço (Foto: Wikimedia Commons)

Mae Jemison no espaço (Foto: Wikimedia Commons)

A missão propriamente dita
Parceria entre EUA e Japão, a missão incluiu 44 experimentos científicos japoneses e norte-americanos. A função principal de Jemison era investigar células ósseas durante o voo. Entre os experimentos que a astronauta supervisionou, um teve como objetivo observar como girinos se desenvolvem em ambientes sem gravidade.

A vida após a NASA
Em março de 1993, a astronauta saiu da agência espacial. Na época, ela afirmou estar interessada em estudar mais a fundo como a tecnologia espacial pode interagir com o dia a dia das pessoas comuns. Dois anos depois da missão, ela lançou um programa internacional de ciência para crianças chamado “The Earth We Share” (A Terra Que Compartilhamos). Atualmente, Jemison também  lidera a organização “100 Year Starship”, que tem como objetivo enviar humanos para além do Sistema Solar nos próximos 100 anos.

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