Por G1 SP


Ricardo Zarattini, ex-militante político preso durante a ditadura militar, em foto de 2011 — Foto: Arquivo Agência Estado

O ex-deputado federal Ricardo Zarattini morreu em São Paulo neste domingo (15). Ele foi um dos 15 presos políticos soltos, em 1969, em troca da libertação do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick. Pai do líder do PT na Câmara, o deputado federal Carlos Zarattini, e irmão do ator Carlos Zara (1930-2002), ele tinha 82 anos e estava internado na UTI do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Em sua página do Facebook, Carlos Zarattini postou homenagem ao pai. "Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis. Poucas vidas mereceram tão completamente este poema de Brecht, como a de Ricardo Zarattini, que faleceu hoje, em São Paulo, com 82 anos. Até o último momento de lucidez, discutia a situação do país, propunha iniciativas e ações a todos os que o visitavam no hospital", diz o filho.

"Entendia profundamente a gravidade do momento do alto da experiência de quase 70 anos de militância pela soberania nacional, participou ativamente como dirigente estudantil da Campanha O Petróleo é Nosso, militou por um País mais justo e pela democracia. Preso pela ditadura militar foi banido e viveu em Cuba. De volta ao Brasil, se envolveu na luta pela reconquista da democracia e pela anistia. Foi dirigente do Partido Comunista Brasileiro e do MR-8, na década de 80 filia-se ao PT", diz o post.

Foi deputado federal durante o primeiro governo Lula. Deixa além de Carlos, a filha Mônica Zarattini, fotógrafa, e três netas.

Zarattini entre os presos políticos trocados pelo embaixador dos EUA durante a Ditadura Militar — Foto: Reprdoução/Facebook Carlos Zarattini

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