Por Fernanda Rouvenat e Dejair Neto, Bom Dia Rio


Universidade cria protetores faciais através de impressoras 3D

Universidade cria protetores faciais através de impressoras 3D

Pesquisadores do Laboratório de Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC Rio) e do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe UFRJ), se uniram para produzir protetores faciais com impressoras 3D que vão ser doados aos profissionais de saúde durante a pandemia do coronavírus.

De acordo com o professor da PUC Rio, João Victor Azevedo de Melo, a produção começou na quarta-feira (18) e pelo menos 250 equipamentos já foram fabricados e a previsão é de que mais 100 fiquem prontos nesta quinta (26).

A impressão 3D produz o encaixe na cabeça e a viseira é feita de petg, um material transparente semelhante às garrafas pet. Segundo o professor, o material para as confecções vem de doações da sociedade e da própria Puc Rio.

'Essa ideia surgiu com o observado na Itália, na impressão 3d das válvulas, mas aqui no Rio a gente percebeu que faltavam EPIs. Todo mundo que tem impressora 3D começou a se articular, aqui na Puc, nós já tínhamos um trabalho grande de impressora 3D e medicina, por exemplo', explica o professor.

Impressora 3D fabrica armação de proteção para o rosto — Foto: Reprodução/TV Globo

As proteções são resultado de uma rede de produção que também inclui pessoas que possuem impressoras 3D, além de profissionais da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que deve doar mais 5 mil protetores.

O equipamento é validado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Hospital do Fundão, da UFRJ, e o molde para a fabricação vai estar disponível no site da UFRJ, junto com os protocolos de higiene da Anvisa, ao longo do dia.

'É muito importante que as pessoas não saiam imprimindo qualquer tipo de material porque eles têm um processo de avaliação e de certificação', explica o professor da Coppe UFRJ, Guilherme Travassos.

Proteção impede que usuário contamine outras pessoas ao espirrar ou falar — Foto: Reprodução/TV Globo

Os pesquisadores entram, agora, em contato com a Secretaria de Saúde do Rio para poder entregar as doações. Após o aumento de casos do novo coronavírus no Rio de Janeiro, profissionais de saúde denunciam falta de equipamento de proteção individual (EPI) nas unidades.

Na manhã desta quinta-feira (26), o estado do Rio contabilizava 370 casos confirmados e 8 mortes pela Covid-19.

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