Coronavírus


Placas de bares em Estocolmo sinalizam que estabelecimentos estão abertos mesmo durante a pandemia, em 17 de maio de 2020 — Foto: Colm Fulton/File Photo/Reuters

O número de pessoas que morreram na Suécia, um dos poucos países europeus que não adotaram medidas de isolamento social, bateu recorde em abril desde o mês de dezembro de 1993.

Veja abaixo alguns dos números da Suécia:

  • 3.743 mortes de Covid-19
  • 30% de mortes a mais do que a média histórica entre 16 de março e 3 de maio
  • 10.458 pessoas morreram no mês de abril

Em abril, o número de pessoas que morreram por todas as causas (não somente Covid-19) foi de quase 10,5 mil. Em dezembro de 1993, foram mais de 11 mil mortes.

Se for analisado o índice de mortes por 100 mil habitantes, o pico foi em janeiro de 2000, quando esse indicador foi de 110,8 pessoas. Em abril, esse índice foi menor, de 101,1.

Suécia tem o maior número de morte per capita da Europa em uma semana

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Tanto em 1993 quanto 2000, as altas no número de mortes foram atribuídas a surtos sazonais de gripe.

Número 30% maior que a média histórica

Um levantamento do jornal "The New York Times" mostrou que, para o período entre 16 de março e 3 de maio, houve 27% mais mortes do que a média histórica.

Em número absoluto, isso representa 3.300 pessoas a mais, para esse intervalo de datas.

Comparação com os vizinhos

Os números de óbitos na Suécia deixam em evidência a diferença com os países da mesma região. Veja os índices de mortos por 100 mil habitantes de Covid-19 na Suécia e na Dinamarca:

  • Suécia: 36,64
  • Dinamarca: 9,27

A Suécia não impôs medidas severas de confinamento. O país fechou instalações de esportes, baniu aglomerações de mais de 50 pessoas e visitas a asilos para idosos. Os colégios e universidades foram fechados. Parte da população passou a tralhar de casa.

Alguns restaurantes que não observaram regras de isolamento social chegaram a ser fechados.

A expectativa é que a economia do país encolha 6,1% neste ano.

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