Rio

Ex-presidente da Concremat foi denunciado na Operação Lava-Jato

Executivo foi acusado de participar de esquema de propina na Andrade Gutierrez

RIO — Presidente executivo entre o início de 2014 e agosto de 2015 da empresa Concremat, que faz parte do mesmo grupo do consórcio Contemat-Concrejato, responsável pela obra da ciclovia da Avenida Niemeyer, o engenheiro Clovis Renato Numa Peixoto Primo foi denunciado pelo Ministério Público Federal, no ano passado, em decorrência de investigações da Operação Lava-Jato. A denúncia tomou como base as informações levantadas da fase batizada de Radioatividade, que apontou suspeitas de pagamentos de propina e lavagem de dinheiro nas obras da usina nuclear Angra 3. Antes de integrar os quadros da Concremat, Clovis Renato havia sido executivo da empreiteira Andrade Gutierrez, uma das empresas apontadas pelo MPF como parte do esquema. À época, foram denunciadas outras 14 pessoas, entre elas, o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva.

De acordo com o texto da denúncia do MPF à época, Clovis Renato, diretor-geral da Andrade Gutierrez até 1º de outubro de 2013, “assinou o contrato da empresa com a Eletronuclear e subscreveu contratos de prestação de serviços fraudulentos com a CG Consultoria, que serviam para repasse de propina a Othon Luiz”.

Segundo registro de ata publicada em Diário Oficial do Rio, o executivo Clovis Renato pediu a renúncia do cargo de presidente executivo da Concremat no dia 3 de agosto de 2015. No dia 2 de setembro do ano passado, a Justiça Federal do Paraná aceitou a denúncia do MPF contra ele e outras 14 pessoas, entre funcionários da Engevix, da Andrade Gutierrez, intermediários e o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz.