Por Sílvio Túlio, G1 GO


Lara, durante o depoimento na delegacia logo após a primeira alta, ainda estava com o braço enfaixado — Foto: Sílvio Túlio/G1

A estudante Lara Fleury Borges, de 14 anos, baleada por um colega dentro do Colégio Goyases, em Goiânia, passou por uma nova cirurgia nesta quinta-feira (9). Segundo a servidora pública Viviane Nunes Fleury, tia da garota, o procedimento foi realizado no Hospital dos Acidentados com o intuito de retirar o pino colocado entre a mão e o antebraço quando ela deu entrada na unidade após ser ferida.

"Ela está internada e a previsão de alta é para sábado [11]. Esse pino tinha a função de manter a mão firme, porque onde a bala atingiu ficou muito destruída. Apesar de ter sentido dor após a operação, o médico disse que ela está bem e que tudo correu dentro do planejado", disse ao G1.

O crime ocorreu no dia 20 de agosto. Após ser ferida, ela deu entrada no hospital e recebeu alta cinco dias depois. Na mesma data, ela foi à delegacia para prestar depoimento sobre o caso.

Além desta cirurgia, conforme Viviane, a garota terá que ser operada novamente para reconstruir os ossos e tendões.

Tragédia no Colégio Goyases deixou dois mortos e quatro feridos — Foto: Sílvio Túlio/ G1

Outros feridos

Além de Lara, outros cinco adolescentes foram baleados no último dia 20 de outubro, em uma sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, em Goiânia. Os tiros foram disparados por um colega de classe, de 14 anos, no intervalo entre duas aulas. Os alunos João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos, morreram ainda no colégio.

Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, o autor dos tiros disse que sofria bullying de um colega e, inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e de Realengo, no Rio de Janeiro, decidiu cometer o crime.

A mãe do atirador é investigada em um inquérito na Polícia Militar. Segundo o assessor de imprensa da corporação, tenente-coronel Marcelo Granja, ela pode ser ouvida em até 60 dias no procedimento aberto para apurar o uso da arma da PM no ataque.

Tiros Colégio Goyases, Goiânia - último — Foto: Arte/ G1

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