Por Débora Carvalho , Diário TV


Empreendedores do Alto Tietê investem em produtos veganos

Empreendedores do Alto Tietê investem em produtos veganos

O veganismo encontrado geralmente em produtos nos supermercados começou a ganhar espaço também em outros estabelecimentos no Alto Tietê. Empreendedores da região começaram a investir também em calçados e doces com o selo do veganismo.

Em uma loja de Suzano, as clientes já podem comprar calçados veganos, já que não existe matéria-prima animal neles. O material é feito com produto reciclado e o tecido pode ser de algodão ou de garrafa pet. Já a sola é de pneu.

A ideia em revender é da Márcia Regina Barbosa e começou na sala de aula da faculdade. “Era uma matéria de gestão de inovação. A partir deste trabalho foi feita uma pesquisa de mercado e eu me interessei pelo mercado. Fiz todo o processo e nós verificamos que o mercado era muito atuante", explicou.

Cresce procura por produtos veganos e mercado do Alto Tietê se adapta — Foto: Reprodução/TV Diário

Mas, por enquanto, ela vende os produtos na loja de uma amiga, em Suzano, e também nas redes sociais. “Eu pesquisei e li muito a respeito, então o veganismo é um estilo de vida. É a conscientização, fazer com que as pessoas se conscientizem de deixar de jogar as coisas fora, utilizar como o tecido e a borracha e tudo o que não prejudica os animais”, destacou.

Para o cliente, é necessário estudar bem e se planejar, já que a indústria brasileira tem identificado o crescimento deste grupo particular de consumidores veganos.

A representante comercial Fernanda dos Santos explicou que o veganismo é um estilo de vida, então não tem uma procedência animal no vestuário. “A gente trata o meio ambiente com mais carinho, e aí a parte alimentar a gente vai aos pouquinhos, eu estou tentando me adequar à essa vivência, então tem que ir cada um no seu ritmo. Mas só de ter consciência de consumir um produto que não vem de animal já contribui para este processo”, pontua Fernanda.

O analista de negócio do Sebrae Eberton Lima Pereira disse que este mercado quadruplicou nos últimos anos. “Tem uma pesquisa que diz que das pessoas que querem deixar de comer carne, 28% demonstram o interesse de deixar de proteína animal. Então a pessoa que decide montar um negócio para este público exige ainda mais do planejamento, porque ela tem de ter um networking, porque ela tem que entender e conhecer este mercado”, destacou.

Caroline Stanziola Campos já teve uma loja produtos naturais, mas agora está trabalhando com uma linha vegana e saudável. ”Eu sempre gostei muito da área saudável. Eu comecei a entender que o mercado precisava de mais coisas. Eu comecei a estudar, fiz o curso no Sebrae para me capacitar e desenvolver o plano de negócio e que mercado é este, aí devagarzinho as coisas começaram a acontecer, e até um pouco antes do que eu esperava, já que a intenção era esperar até janeiro. Mas algumas pessoas começaram a me procurar e eu já comecei a fazer

Quem olha os produtos de Caroline na panela pensa se tratar de brigadeiro comum, mas na verdade o leite é de castanha de caju, chocolate vegano, cacau 100% e açúcar orgânico. A ideia agradou a coordenadora administra e amiga Marina Kovac Romão, que tem intolerância à lactose e incentivou a amiga a abrir o negócio.

“Eu não sinto mais esta diferença tão grande entre um doce preparado com leite. Eu superincentivo ela, com certeza”, pontua.

Depois de oito horas na geladeira, o brigadeiro está pronto para ser enrolado.

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