O Japão começará a discutir com Austrália, Nova Zelândia, Tailândia e Vietnã formas de flexibilizar as restrições impostas a viagens internacionais por causa da pandemia de covid-19.
Os quatro países foram escolhidos para compor o grupo inicial por terem conseguido impedir a disseminação do novo coronavírus e também por possuírem relações econômicas durante o Japão.
As medidas beneficiariam inicialmente executivos e empresários. Mais tarde, o Japão planeja expandir as viagens em etapas, dependendo da situação da pandemia em cada país.
Tailândia, Vietnã, Austrália e Nova Zelândia estão entre os países com o menor número de casos e mortes provocadas pela covid-19 no mundo, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Com 7,2 mil casos confirmados da doença, os números da Austrália são superiores ao do Japão, mas o país conseguiu reduzir drasticamente a cifra de novos infectados por dia nas últimas semanas.
Representantes do governo japonês disseram esperar que a volta das viagens internacionais ajude a economia do país a se recuperar da crise provocada pela pandemia.
Com o possível acordo, o Japão espera receber gerentes e engenheiros estrangeiros, essenciais para algumas empresas no país. Estudantes seriam o próximo grupo beneficiado pelo acordo que começará a ser discutido. Turistas ficam para a última parte do plano, de acordo com os planos do governo.
Todos os viajantes deverão fazer um teste para a covid-19 ao entrarem no Japão. A exigência pode ser um problema, já que o país tem até o momento uma baixa capacidade de realizar exames para a doença.
Os planos começaram a ser discutidos depois de o primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, ter encerrado completamente o estado de emergência para combater a covid-19 na semana passada.
Apesar do plano incluir proposta de flexibilizar as restrições a viajantes vindos de outros países de fora do grupo inicial, é provável que as regras sejam mantidas para os três principais parceiros comerciais do Japão - China, Estados Unidos e Coreia do Sul.
Os EUA são o país com mais casos em todo o mundo, e a Coreia do Sul tem enfrentado novos surtos da doença que preocupam. Sobre a China, o Japão está entre os que criticam a resposta inicial de Pequim ao surto.
(Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)