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Divulgação/RPC

Na floresta do Parque Nacional do Iguaçu, vivem as Onças-pintadas, animais imponentes que impressionam pela tamanha beleza.

Mas, e o que tem sido feito para salvar as onças do Parque e dos arredores? Já que a região é a maior área remanescente de Mata Atlântica do Sul do país.

BLOCO 1 - AS ONÇAS-PINTADAS DO REFÚGIO DE FOZ DO IGUAÇU

Esforço de pesquisadores possibilita reprodução de onças em cativeiro (parte 1)

Esforço de pesquisadores possibilita reprodução de onças em cativeiro (parte 1)

Os filhotes são lindos, sim! Mas, também, ferozes:

Os filhotes de Onças são a grande esperança para a conservação da espécie — Foto: Divulgação/RPC

Eles nasceram no Refúgio Biológico da Itaipu, um centro construído há 35 anos nas proximidades da hidrelétrica. Recebeu milhares de plantas e centenas de animais que perderam seu território, na Mata Atlântica, quando o reservatório da usina foi formado.

Um dos principais trabalhos desenvolvidos aqui é a reprodução em cativeiro das Onças-pintadas.

Os mais novos moradores têm 2 meses, eles possuem cores diferentes por causa da combinação dos pais - Nena e Valente -, uma das oncinhas é fêmea e tem as pintas pretas, um fenômeno chamado melanismo. A outra, pintada, é macho.

Os novos filhotes de onça que vivem no Refúgio — Foto: Divulgação/RPC

Pedro Teles, veterinário, conta:

"As onças aqui do Refúgio tem uma genética muito importante para população de onças em geral. A gente reproduzindo aqui a gente vai garantir a reprodução genética da espécie."

Elas dobram de peso e crescem bem rapidamente. Inclusive, apenas quando são pequenas, é possível tratá-las sem sedativos. Após o exame, os filhotes são levados para maternidade, onde ficam junto com a mãe até os 3 meses de idade. Depois, eles permanecem com a mãe, mas em outro ambiente.

Marcos Oliveira, biólogo, explica o porquê:

"Como subir na árvore, como nadar no lago, como segurar uma presa... Tudo isso são ensinamentos que a mãe passa para os filhotes. Por isso a gente mantém os filhotes junto com a mãe até, pelo menos, os 2 anos de idade."

O Refúgio já registrou inúmeros nascimentos! Um trabalho de sucesso, mas também muito difícil: a onça Cacau, por exemplo, só nasceu depois de 14 anos de tentativas.

A onça Cacau nasceu, cresceu e está até hoje no Refúgio Biológico — Foto: Divulgação/RPC

A Cacau, hoje com 2 anos e 7 meses de vida, será transferida de recinto, pois agora o tratamento continua do outro lado: depois da fronteira, no Paraguai. Somente lá é possível dar sequência ao trabalho de reprodução da espécie.

Para a transferência, são três etapas: IBAMA, Defesa Sanitária Animal e, a última, é a documentação que vai para Receita Federal. Somente com essas liberações é possível transferir o animal. Um processo bem burocrático e demorado.

BLOCO 2 - CONHEÇA O PROJETO 'ONÇAS DO IGUAÇU'

Esforço de pesquisadores possibilita reprodução de onças em cativeiro (parte 2)

Esforço de pesquisadores possibilita reprodução de onças em cativeiro (parte 2)

Os biólogos sobrevoam o enorme Parque Nacional do Iguaçu para monitorar as onças que vivem por lá. O projeto Onças do Iguaçu requer muita atenção e amor pelo que faz.

Os pesquisadores contam, também, com o apoio de quem conhece muito bem o Parque.

Vanderlei Santos, motorista, explica sobre os benefícios do seu trabalho no projeto:

"Geralmente, eu capturo fotos [das onças encontradas]. Nem que seja ela de costas, ou de longe. A minha visão é sempre na frente procurando alguma coisa."

Outro motorista, Nicolau Lisenfeld, também relata:

"Por volta de 1 km, ela [a onça] ficou andando na frente da carretinha, todos os passageiros viram. Por volta de 10 minutos, ela ficou andando na frente da carretinha. Foi uma alegria para todo mundo."

Registro feito pelo celular de uma das onças-pintadas que vivem no Parque Nacional do Iguaçu — Foto: Divulgação/RPC

Os pesquisadores também investem em câmeras de segurança espalhadas pelo Parque, assim eles conseguem dimensionar a população das onças, o tipo de comportamento delas e a interação entre os animais.

A situação no Refúgio já foi bem mais alarmante: na década de 90, haviam 60 onças na região, em 2009 restaram apenas 9!

A caça e a morte por donos de rebanhos são as principais ameaças da espécie, por isso existe mais uma parte do projeto Onças do Iguaçu muito interessante: os pesquisadores visitam aos moradores da região para instruí-los sobre a importância da Onça-pintada na região. Eles confirmam que é possível conviver com esses animais sem que a produção das fazendas corra risco.

Thiago Reginato, pesquisador, explica:

"Colocar aqueles sinos no pescoço dos bovinos, quando ele corre, faz um barulho grande e assusta o predador... Instalar cercas elétricas também..."

O desafio é manter a espécie em reprodução para que ela saia da lista de animais ameaçados de extinção — Foto: Divulgação/RPC

O desafio para tirar a Onça-pintada da lista de animais ameaçados de extinção no Brasil é enorme, mas os resultados surpreendem em cada conquista e são uma grande esperança para o maior felino das Américas ❤️

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