Por G1 — São Paulo


Compartilhar o bocal do narguilé pode transmitir doenças como hepatite C e tuberculose

Compartilhar o bocal do narguilé pode transmitir doenças como hepatite C e tuberculose

“Doenças como bronquite, enfisema pulmonar, limitam a vida desse indivíduo do ponto de vista que ele terá dificuldades para tarefas simples, da vida diária”. Aldo Miranda, mestre em fisioterapia respiratória, está falando do narguilé, moda entre jovens, mas que não deve ser considerado apenas um hobby.

A Organização Mundial da Saúde estima que uma sessão, com média de 20 a 80 minutos, equivale a exposição tóxica de cem cigarros.

O narguilé é uma espécie de cachimbo oriental. O fumo é aquecido com carvão e a fumaça gerada ali desce para um reservatório de água, depois é puxada por uma mangueira. Como no cigarro, fumantes passivos também estão expostos ao risco.

O narguilé é uma espécie de cachimbo oriental. — Foto: Augusto Carlos/TV Globo

Entre as consequências mais graves do uso do narguilé está o câncer. Segundo Inca (Instituto Nacional do Câncer), a estimativa é que, a cada ano no país, passe de 30 mil o número de casos novos de câncer de pulmão.

Em 2011, a Academia Brasileira de Laringologia e Voz já recomendava o veto do narguilé em espaços públicos para todo o Brasil e não é para menos: o tabaco é considerado o principal fator de risco para tumor de via aérea.

“Lesão da via aérea desde o nariz, da garganta até a laringe, lesões pré-tumorais e lesões tumorais também podem acontecer. Esse conceito que o narguilé é algo recreativo tem que ser eliminado, isso não existe”, alerta a otorrinolaringologista Daniela Rodrigues.

Mais além dos problemas pulmonares, compartilhar o bocal do narguilé ainda pode transmitir doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

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