Por Marcelo Baccarini


Delivery de refeição orgânica leva renda para mulheres de comunidades em SP

Delivery de refeição orgânica leva renda para mulheres de comunidades em SP

Empresas que já nasceram com tecnologia estão se destacando nesse período de isolamento social. É o caso de um serviço de entrega de comida orgânica em São Paulo, que está conseguindo vender durante a pandemia da Covid-19.

O consumidor desses tempos de pandemia está especialmente sensível ao propósito das empresas. Os empresários criaram uma cadeia de negócios com três pontas: ingredientes orgânicos fornecidos por pequenos agricultores, preparados por cozinheiras da periferia, para um consumidor A e B.”

Os empresários Felipe Gasko, Rafaela Soldan e mais uma sócia montaram a empresa que entrega refeição orgânica em 2018. A maioria dos clientes trabalhava em escritórios. Mas, com a pandemia do novo coronavírus o faturamento caiu, porque muita gente agora está em casa. Mas a empresa já está se recuperando.

“Teve uma queda muito brusca, se estabilizou e agora está voltando a subir novamente, porque as pessoas estão começando a criar novos hábitos dentro da rotina de home office”, conta Felipe.

Todos os pratos são vegetarianos. A matéria-prima vem de 50 pequenos agricultores, que possuem certificação de alimentos orgânicos. Eles fornecem frutas, legumes, verduras e grãos.

O modelo de negócio se baseia em praticidade. Os agricultores ficam todos próximos da empresa. Eles entregam os ingredientes, que são colocados em caixas e vão para as casas das cozinheiras. Cada caixa dá para fazer 25 pratos e um detalhe: o cardápio é único, um por dia. Assim a preparação fica bem mais rápida.”

A empresa contratou, na da comunidade de Paraisópolis, a mão de obra que prepara os pratos. São 14 cozinheiras. Para fazer parte da cadeia de negócios, as cozinheiras passaram por um processo de seleção e se tornaram MEIs. A empresa deu treinamento e equipamentos para elas prepararem as refeições em casa. Com esse trabalho elas conseguem renda de R$ 2 mil a R$ 3 mil por mês.

“Por termos esse DNA de empresa de impacto social positivo, a gente entendeu que era nossa missão trabalhar com um público que está socialmente mais vulnerável, as mulheres da periferia, que têm uma maior dificuldade de acessar educação e por consequência acessar o mercado de trabalho”, fala Rafaela.

As vendas são feitas pelo app da empresa e outras plataformas de entrega de comida. Por mês, são vendidas cinco mil refeições. Cada prato custa R$ 25. Desse valor, R$ 5 ficam com a cozinheira, e o cliente também paga R$ 5 de frete.

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