• Ana Laura Stachewski
Atualizado em
Empreendedoras; planejamento; equipe (Foto: You X Ventures/Unsplash)

O GUIA 2.5 está disponível em uma plataforma online e reúne iniciativas com foco em desenvolvimento ou aporte financeiro (Foto: You X Ventures/Unsplash)

O Quintessa lança, nesta terça-feira (4/8), uma nova edição do GUIA 2.5, um mapeamento de iniciativas que desenvolvem e investem em negócios de impacto no Brasil. A ferramenta reúne 54 programas e ajuda empreendedores a encontrar as que melhor se adaptam ao perfil e estágio do negócio.

Em sua terceira edição, o guia foi desenvolvido com o apoio do ICE e do Instituto Sabin e busca impactar empreendimentos do chamado setor 2.5. Fazem parte dele negócios que unem características do segundo setor (empresas privadas com foco em gerar lucro) e do terceiro setor (organizações sem fins lucrativos com foco em gerar impacto socioambiental positivo).

O GUIA 2.5 está disponível em uma plataforma online e reúne 54 iniciativas promovidas por 43 organizações. A maioria das oportunidades (35) apoia o desenvolvimento dos negócios, oferecendo, por exemplo, acesso a uma rede mentores e conexões com potenciais clientes, parceiros e investidores. Já a outra parte (19) oferece oportunidades de aporte financeiro.

Além de exibir e detalhar cada programa, a ferramenta inclui um teste interativo para ajudar empreendedores a filtrá-los de acordo com o estágio, as necessidades de suporte e a localização do seu negócio.

Segundo Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa, a nova edição acompanha a evolução do setor de negócios de impacto ao trazer maior número e diversidade de iniciativas do que as anteriores, publicadas em 2015 e 2017.

“Viemos de um início em que nem o termo ‘negócio de impacto’ existia. Tivemos um amadurecimento em termos de significado, de conhecimento sobre o setor e também na qualidade dos negócios”, afirma ela.

Cenário do setor
Os empreendimentos de impacto não foram os únicos que amadureceram. A diretora destaca que grandes empresas têm notado cada vez mais o potencial de se unir a eles para desenvolver seus próprios programas de filantropia ou responsabilidade social. A conexão traz benefícios mútuos. “Apoiar soluções já desenvolvidas e maduras pode ser muito mais eficaz do que criar algo do zero”, afirma. "Para os negócios apoiados, há o ganho de escala."

Outra evolução registrada entre uma edição e outra do guia foi a maior diversificação regional entre as iniciativas, diminuindo a concentração no eixo Sudeste. Além disso, os programas fazem agora menor restrição a empreendimentos com políticas de dividendos. Em alguns casos, segundo a diretora, essa prática ocorre pela adoção do conceito de negócio social, diferente do negócio de impacto. “90% das iniciativas no guia não colocam essa restrição”, destaca.