O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta terça-feira (29) que o vazamento de petróleo no litoral nordestino já é a “maior agressão ambiental” sofrida no país.
Segundo ele, os volumes encontrados nas praias do Nordeste são semelhantes ao que foi vazado no acidente da sonda Deepwater Horizon, operada para a BP, no Golfo do México, em 2010.
As primeiras manchas de óleo apareceram em 30 de agosto, na Paraíba. Desde então, mais de 200 localidades já foram atingidas, sem que o governo federal saiba qual a origem da poluição.
Praia de Itapuama, no Litoral Sul de Pernambuco, foi atingida por manchas de óleo — Foto: Reprodução/TV Globo
O executivo destacou que o debate sobre a crise ambiental do país tem sido “ideologizado” e comentou o quão difícil tem sido lidar com o vazamento.
“Estamos preparados para combater vazamentos uma vez identificada a sua fonte original. Apesar de todos os esforços, não temos conseguido [identificar a origem do vazamento]. Mas estamos fazendo nossa parte”, disse Castello Branco, durante participação em seminário da FGV Energia, no Rio.
Ele reiterou que, apesar de não ser possível identificar a origem do vazamento, é possível afirmar que o produto vazado foi produzido em três campos venezuelanos. Segundo a Petrobras, desde o dia 12 de setembro, a Petrobras já recolheu mais de 370 toneladas de resíduos nas praias nordestinas.
Entenda as manchas de óleo no Nordeste em 5 pontos
MANCHAS DE ÓLEO NO LITORAL
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