Por Alexandro Martello, G1 — Brasília


A dívida pública federal em títulos, que inclui os débitos do governo dentro do Brasil e no exterior, registrou queda de 1% em abril, para R$ 3,878 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira (28). Em março, a dívida somava R$ 3,917 trilhões.

O recuo da dívida em abril está relacionado com o resgate líquido (retirada de papeis do mercado, acima do volume de emissões) de R$ 70,15 bilhões. Em sentido contrário, pressionado o aumento da dívida, mas em menor intensidade, foram contabilizados R$ 31,18 bilhões em despesas com juros.

Evolução da dívida pública
Em bilhões de R$
Fonte: Tesouro Nacional

A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar por despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.

Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 8,9%, segundo números oficiais. A expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional é de uma nova alta em 2019, podendo chegar a quase R$ 4,3 trilhões no fim do ano.

Dívidas interna e externa

Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como externa.

  • Dívida interna: foi registrada queda de 1,09% em abril, para R$ 3,723 trilhões.
  • Dívida externa: resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, contabilizou um aumento de 1,03% no em abril, para R$ 155,29 bilhões.

Compradores

Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna registrou aumento em abril.

No mês passado, os não residentes detinham 12,50% da dívida total, o equivalente a R$ 465 bilhões, contra 12,24% do total da dívida interna em março (R$ 460 bilhões).

Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás de:

  1. fundos de investimento (R$ 972 bilhões, ou 26,12% do total);
  2. fundos de previdência (R$ 951 bilhões ou 25,56% do total);
  3. instituições financeiras (21,65% do total, ou R$ 805 bilhões).

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