Política
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Por Fabio Murakawa, Valor — Brasília


O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira a ficha de filiação ao PL. Também se filiaram formalmente ao partido seu filho 01, senador Flávio Bolsonaro (RJ), e o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional.

Eleito sob a bandeira da antipolítica em 2018, Bolsonaro tentou justificar em seu discurso o fato de estar ingressando em uma das principais legendas do Centrão, grupo fisiológico que apoiou todos os governos desde a redemocratização.

"A nossa filiação é uma passagem para que a gente possa pleitear algo ali na frente", disse o presidente. "Eu vim do meio de vocês, fiquei 28 anos na Câmara dos Deputados. Há uma semelhança muito grande entre nós e ninguém faz nada sozinho."

Bolsonaro dirigiu-se, então, aos presidentes de outras duas legendas que o disputaram sua filiação com o PL: o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, líder do PP; e o deputado Marcos Pereira (SP), do Republicanos.

Bolsonaro lembrou ter passado pelo PP. E disse, sobre os partidos que espera ter ao seu lado em 2022, que juntos eles formam uma família.

"[Eu e o PL] não seremos marido e mulher, seremos agora uma família. E nós seremos todos agora uma família", afirmou.

Bolsonaro deu também um recado para o diretório paulista do PL, que resistiu a sua filiação por conta de um acordo com o governador João Doria e o vice, Rodrigo Garcia, ambos do PSDB.

"Uma lembrança para o Estado de São Paulo: eu e o Valdemar não somos pessoas que vamos decidir nada sozinho", disse. "Nós queremos compor."

O presidente prometeu ainda que não esquecerá nenhum dos partidos, apesar da escolha pelo PL. "Podem ter certeza de que nenhum partido vai ser esquecido por nós. Nós não somos os únicos certos aqui", disse. "Nós queremos compor; nós queremos cada vez mais ter menos diferença entre nós."

Em discurso na cerimônia de filiação do presidente da República, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, disse que, “com muito trabalho", foi alcançada "uma posição de destaque entre os grandes partidos da política nacional”. “Mas sabíamos que ainda faltava um nome que representasse o nosso projeto de país”, afirmou.

Segundo ele, ainda há muito a se fazer. Costa Neto destacou que o governo Bolsonaro criou o Auxílio Brasil, o maior programa de proteção social do mundo e que incentivou o trabalho no campo, e hoje o agronegócio o Brasil bate recordes.

O presidente do PL disse também que, no auge da pandemia, 100% das prefeituras e governos estaduais receberam recursos para combater a pandemia. “Temos a noção exata da responsabilidade de empunhar a bandeira de suas obras”, afirmou.

A pedido de Bolsonaro, a concorrida cerimônia de filiação ocorreu em um pequeno auditório no Complexo Brasil 21, em Brasília, que acabou sendo insuficiente para abrigar todas as autoridades, assessores e jornalistas. Compareceram, entre outros, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); os ministros Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Paulo Guedes (Economia) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

Bolsonaro se filia ao PL: Presidente vê semelhanças com o Centrão — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
Bolsonaro se filia ao PL: Presidente vê semelhanças com o Centrão — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
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