Educação

Por G1 Santos


Sala de aula do ensino fundamental — Foto: João Bittar/Divulgação/ MEC

A Prefeitura de Cubatão (SP) decidiu que retornará às aulas presenciais na rede municipal de ensino apenas em 2021. De acordo com a administração municipal, os detalhes do novo calendário ainda serão definidos. Pesquisas com pais de alunos apontaram que cerca de 75% não sentem segurança em voltar para a escola.

A Prefeitura de Cubatão disse que está em constante discussão com pais, representantes dos profissionais, poder legislativo, autoridades de Saúde e conselhos municipais para, juntos, definirem um posicionamento mais seguro.

A Secretaria de Educação tem como planejamento apresentar os estudos, pesquisas e levantamentos realizados nos próximos encontros do Condesb, para que sejam debatidas as condições, caminhos e definições que serão traçados e seguidos pela região.

A Seduc disse que está realizando estudos e pesquisas. Um dos resultados apontou que 75% dos pais de alunos da Educação Infantil até os anos finais do Ensino Fundamental, bem como alunos do EJA, não sentem segurança em retornar às atividades presenciais.

Ainda segundo a Seduc, há uma média de mais de 70% de participação ativa das atividades realizadas atualmente, o que dá segurança de que as equipes tem conseguido alcançar os alunos mesmo em atividades realizadas com auxílios de tecnologia e ou materiais impressos.

O Governo do Estado deu autonomia aos municípios para decidirem se vão ou não acompanhar o cronograma para o retorno presencial. A previsão é que as escolas possam reabrir parcialmente a partir de 8 de setembro.

Na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, Cubatão e Praia Grande optaram pelo retorno das aulas presenciais somente em 2021. As demais cidades ainda não tomaram uma decisão. Veja a situação em cada cidade da Baixada Santista:

Praia Grande

Ficou definido que as aulas presenciais nas escolas púbicas municipais não serão retomadas em 2020. A sequência do atual ano letivo será feita com a disponibilização dos conteúdos online através de uma plataforma desenvolvida pela Secretaria de Educação (Seduc) da Cidade. A decisão foi tomada após a realização de uma pesquisa com cerca de 22 mil pais ou responsáveis, que apontou que os pais e responsáveis não se sentem seguros quanto ao retorno das aulas presenciais.

Santos

A Secretaria de Educação de Santos disse que o possível retorno gradual e presencial das aulas só será realizado com o aval da Secretaria de Saúde e demais órgãos competentes, de acordo com as medidas sanitárias do Plano São Paulo, do Governo do Estado.

A Seduc realizou consulta pública com pais e responsáveis de alunos das escolas municipais e entidades subvencionadas de educação infantil, como também com estudantes maiores de idade da educação de jovens e adultos. Uma outra consulta foi realizada com os professores. A maior parte apontou que prefere retornar em 2021.

Guarujá

A Secretaria de Educação, Esporte e Lazer informou que, até a segunda ordem, não retornará as aulas presenciais na rede municipal de ensino. Com muita cautela e prudência, a pasta analisa a conjuntura atual da pandemia com base nas informações dos especialistas e da Comissão Mundial de Saúde (CMS), para eventual retorno.

Para avaliar essa retomada, a Sedel montou uma comissão mista intersetorial com representantes da área da saúde, assistência social, educação, sindicatos dos professores e servidores municipais, que vêm discutindo o tema com Conselhos Tutelares, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescentes, Promotor da Vara da Infância e da Juventude.

O Município aderiu ao Currículo Paulista e, até o final deste ano, desenvolverá um replanejamento, com base na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para 2020/2021. Após o período de isolamento social, a tendência é que os alunos voltem com níveis de defasagem escolar, o que demandará um processo de avaliação e atividades de recuperação da aprendizagem.

São Vicente

A Secretaria de Educação informou que as aulas só voltam à forma presencial quando houver garantia total de preservação da saúde dos 47 mil alunos, 2,3 mil professores e 1,5 mil funcionários que atuam nas unidades de ensino da rede municipal, mediante um planejamento seguro que não comprometa as condições de saúde pública.

No último dia 10, a Seduc iniciou consulta sobre o assunto junto aos pais dos alunos. Até o momento, 80% responderam que não querem o retorno das aulas presenciais este ano. A pesquisa seguirá até o final de agosto.

Mongaguá

A data para o retorno às aulas presenciais ainda não foi definida. A Diretoria Municipal de Educação, em conjunto com a Diretoria Municipal de Saúde, está acompanhando a evolução dos casos de Covid-19.

Em junho, a Diretoria realizou uma enquete para saber a opinião dos pais sobre o retorno às aulas e cerca de 96% foram contrários à volta das aulas presenciais. Mesmo sem ter uma decisão sobre esse retorno, a Diretoria já está tomando as providências em relação ao protocolo de atendimento presencial aos alunos em creches e escolas.

Itanhaém

Não há data definida para a volta às aulas presenciais. No entanto, a Prefeitura aguarda o posicionamento dos órgãos de saúde, bem como as discussões no âmbito intersetorial criadas com a finalidade de escutar, por meio de debates públicos, todos os segmentos e setores envolvidos.

Uma pesquisa desenvolvida pela equipe pedagógica da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes mostrou que 79,72% dos pais de alunos matriculados no ensino regular - da pré-escola ao 9º ano – optaram pelo não retorno das atividades presenciais.

Peruíbe

A Secretaria Municipal de Educação está aguardando uma manifestação do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) sobre a retomada ou não das aulas. Haverá uma reunião nesta terça-feira (25) e os municípios devem se posicionar coletivamente.

Em pesquisa, mais de 88% dos participantes disseram que não são favoráveis à retomada das aulas presenciais em 2020. Mas, caso as aulas retornem, serão criados protocolos de comunicação e orientação, limpeza das escolas e equipamentos de proteção individual e coletiva, formação continuada, protocolo pedagógico, transporte escolar, merenda escolar e gestão dos recursos humanos e comissão escolar.

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