Após apurar um prejuízo de quase R$ 500 milhões no primeiro semestre, vindo principalmente do seu negócio de ensino superior presencial, a Cogna anunciou uma profunda reestruturação. O maior grupo educacional do país vai reduzir o tamanho da graduação presencial, que hoje conta com 59 cursos e passará a ter cerca de 15. Permanecerão aqueles com mensalidade maior como, por exemplo, medicina, odontologia, veterinária, direito, oferecidos por instituições de ensino do grupo com posicionamento mais alto. As demais áreas ficarão concentradas em cursos digitais.
“Nossa estrutura era para um cenário com Fies e sem covid. Hoje, não temos Fies e temos covid”, disse Rodrigo Galindo, presidente da Cogna, referindo-se ao programa de financiamento estudantil do governo federal, que ficou mais restrito nos últimos anos. O grupo pretende fechar e integrar unidades da Kroton - sua divisão de ensino superior -, reposicionar marcas, além de rever o portfólio de cursos. “Essa é a nossa maior e mais impactante mudança no segmento de ensino superior”, acrescentou. A Kroton tem 292 mil alunos matriculados no ensino presencial e 552 mil no ensino a distância.
O processo, que começou a ser planejado há três meses, será iniciado neste ano e a meta é concluir em 2021. Os alunos que já estão matriculados na graduação presencial podem se formar nessa modalidade, mas a partir de 2021 o processo seletivo já será com maior oferta de cursos digitais.