Vacina

Por G1


Pessoas com máscaras circulam pela Trafalgar Square, em Londres — Foto: Reuters/Henry Nicholls

O Reino Unido anunciou, nesta sexta-feira (28), medidas que permitem à agência reguladora do país aprovar o uso emergencial de uma vacina contra a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Haverá um período de consulta com especialistas em saúde pública de 3 semanas, e as regras poderão entrar em vigor em outubro.

Com as medidas, a agência regulatória do país (Medicines and Healthcare Regulatory Agency, MHRA, em inglês) poderá conceder a autorização temporária de uso de uma vacina se ela for descoberta antes de 2021, desde que ela se prove segura. Isso tornará possível que as pessoas recebam a vacina ao longo do processo de licenciamento.

As medidas são necessárias porque, no período de transição do Brexit, que vai até 31 de dezembro, uma nova vacina em potencial para a Covid-19 deve ser licenciada pela Agência Europeia de Medicamentos.

A partir de 2021, a agência britânica terá um sistema nacional de licenciamento implantado e será responsável por conceder licenças para potenciais vacinas e tratamentos para a Covid-19.

"Se desenvolvermos vacinas eficazes, é importante que elas fiquem disponíveis para pacientes o mais rápido possível, mas só depois que padrões estritos de segurança sejam alcançados", comentou o vice-chefe médico oficial do Reino Unido, Jonathan Van-Tam, em um comunicado.

Outros países já adotaram medidas semelhantes à britânica: nesta sexta, a China também aprovou o uso emergencial de uma vacina, que está sendo testada no Brasil, contra a doença. No dia 11, a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a doença. A imunização em massa deve começar em outubro, segundo o governo russo.

Segundo o anúncio do Reino Unido, as medidas aprovadas são uma precaução, e deverão ser usadas como "último recurso", se houver uma "justificativa forte de saúde pública para uso amplo de uma vacina antes que ela receba o licenciamento".

"Embora o sistema de licenciamento existente, ou um novo do Reino Unido no próximo ano, seja a rota preferida e esperada para fornecer qualquer vacina, essas novas medidas fortalecerão o regime regulatório e nossa capacidade de proteger a saúde pública", afirmou Christian Schneider, diretor do Instituto Nacional para Padrões Biológicos, parte da agência regulatória britânica.

Além da autorização emergencial, o governo britânico também anunciou que vai aumentar a quantidade de profissionais habilitados a administrar a vacina da Covid-19 e da gripe: poderão ser incluídos estudantes de medicina e enfermeiros.

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