Os bancos receberão, entre quarta e quinta-feira, recursos adicionais para emprestar por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Medida Provisória (MP) a ser publicada entre hoje e amanhã autorizará o uso de R$ 12 bilhões adicionais destinados ao programa.
O Banco da Amazônia receberá um aporte adicional de R$ 282,4 milhões, informou há pouco o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa. Para o Banco do Nordeste serão R$ 269 milhões.
O secretário destacou que o Pronampe tem sido um dos programas mais bem-sucedidos do governo no enfrentamento aos efeitos econômicos da covid-19. “No meio da pandemia, tem sido fundamental para apoiar as empresas nos desafios de sobrevivência”, disse. Ele destacou que algumas empresas utilizaram recursos da linha de crédito para fazer pequenos investimentos. Além disso, a linha possibilitou que “milhares” de empresas tomassem crédito pela primeira vez.
“O recurso não é só para sobreviver”, disse. “É para retomar.” Ele acrescentou que a economia já está se recuperando em “V”, com alguns setores retornando aos níveis pré-crise.
Da Costa reconheceu que outros segmentos, como o de bares e restaurantes, ainda enfrentam dificuldades. Informou que o governo trabalha para apoiá-los ainda mais.
De acordo com o Ministério da Economia, nessa segunda etapa do Pronampe serão liberados mais R$ 21 milhões pela Agência de Fomento de Goiás, R$ 203 milhões pelo BDMG, R$ 730 milhões pelo Banrisul, além dos recursos adicionais anunciados para Basa e BNB.
O Pronampe atende a microempresas e empresas de pequeno porte, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, além de profissionais liberais. O custo dos empréstimos é a taxa Selic acrescida de 1,25% ao ano, com prazo de pagamento de 36 meses e carência de oito meses.
(Esta reportagem foi publicada originalmente no Valor PRO, serviço de informações e notícias em tempo real do Valor Econômico)