O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse na tarde deste sábado (9), em rede social, que pode ser ineficaz a estratégia de obstrução que alguns partidos estão propondo para fazer andar os projetos que permitem a prisão em segunda instância.
“O que os técnicos me dizem é que, se aprovada na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], a PEC 410/2018 [Proposta de Emenda Constitucional sobre prisão em segunda instância] precisa passar por comissão especial e cumprir prazos regimentais. Ou seja, dificilmente conseguiríamos aprová-la ainda esse ano. Assim, não faria sentido uma obstrução, pois ela não traria nenhuma celeridade para a aprovação da PEC e apenas travaria todas as demais pautas. Se for provado o contrário mudo meu posicionamento tranquilamente”, disse na rede social Twitter.
“Se obstrução for efetiva conte comigo na liderança do PSL”, afirmou o deputado.
O parlamentar — que chegou a ser apontado pelo presidente como indicação para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, mas que agora ocupa a liderança do partido na Câmara — afirmou em outra postagem que a “revolta e indignação da sociedade com a impunidade volta à tona novamente com a soltura de [ex-presidente Luiz Inácio] Lula”.
“Isso vai criar uma atmosfera em que novamente deixaremos pequenas diferenças de lado e ocorrerá uma união em torno do antipetismo”, afirmou.
Também no Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre prisão apenas no fim do processo penal é uma derrota, mas deve ser respeitada e “pode ser alterada, como o próprio Min. [Dias] Toffoli reconheceu, pelo Congresso”.