Por Jornal Nacional


A noiva do sol é brasileira e fica no nordeste

A noiva do sol é brasileira e fica no nordeste

O sol é sem dúvida é o recurso natural mais importante para a economia do Rio Grande do Norte.

Antes das 5 horas da manhã, o céu escuro vai abrindo caminho para mais um amanhecer no Rio Grande do Norte. Não importa a estação do ano. A paisagem é praticamente um presente diário.

Se o sol é a estrela mais próxima da Terra, o Rio Grande do Norte parece ser o local na Terra mais próximo do sol. Porque se tem um lugar, onde ele aparece com generosidade, é ali. São mais de 300 dias de sol por ano.

Tanta luz iluminou e inspirou um dos maiores folcloristas do Brasil. O potiguar Câmara Cascudo nos deu um apelido carinhoso, o de ‘noiva do sol’. Uma noiva encantadora que atrai gente do mundo inteiro.

Em um condomínio do litoral norte do estado, mais de 80% dos chalés são de noruegueses, que fogem de lá no inverno em busca do sol. Sonia não é aposentada mas também aproveita o tempo livre e vem da Noruega para o que chama de paraíso ensolarado.

São dois milhões de visitantes por ano que ajudam a movimentar a economia. O turismo é o setor que mais emprega, 70% dos empregos formais são nesse setor. Há cinco anos o escritório de Henrique é na praia de Ponta Negra, vendendo chapéu. “É bom também que eu vendo meus materiais aqui, chapéu, viseira”, conta.

E se quem trabalha na beira mar, sente o calor... O que dizer do sertanejo no campo que convive com a estiagem há mais de sete anos? "Ter coragem de enfrentar o sol castigante não é todo mundo que tem coragem não", diz o agricultor José Dimar da Silva.

Esse mesmo cenário de sol forte que retrata bem o problema da seca está começando a se transformar em solução para um outro problema, o da energia. O setor de energia solar fotovoltaica cresceu 175% em um ano no Rio Grande do Norte e a estimativa é que em 2040 só a energia do sol vai representar 32% da matriz energética brasileira.

“Pra uma boa geração, nós precisamos basicamente de duas coisas: a irradiância solar forte, muito sol e poucas nuvens”, explica o professor de energia elétrica Augusto Fialho.

O Instituto Federal do Rio Grande do Norte adotou a energia solar em todas as 21 unidades. “Um investimento de mais de R$ 16 milhões e nos traz uma economia anual de R$ 1,3 milhão”.

O sol forte, na região oeste do estado, faz do Rio Grande do Norte também o maior produtor de sal do país. E ainda tem a produção de melão. O sol favorece o cultivo na região que é responsável pela produção de mais de 90% da fruta exportada pelo país.

São motivos de sobra para agradecer ao sol que abraça o primeiro Rio Grande do Brasil, o Rio Grande do Norte.

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