Economia

Bolsonaro sanciona projeto que destina R$ 300 milhões para o Auxílio Gás

Programa vai destinar "vale-gás" de R$ 52 para famílias com renda de até R$ 550
Trabalhador carrega botijões de gás de cozinha em caminhão de entrega próximo à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), em Duque de Caxias Foto: Bloomberg
Trabalhador carrega botijões de gás de cozinha em caminhão de entrega próximo à Refinaria Duque de Caxias (Reduc), em Duque de Caxias Foto: Bloomberg

BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira um projeto de lei que autoriza a abertura de R$ 300 milhões para o custeio do programa Auxílio Gás, lançado em novembro pelo governo federal.

A expectativa dos ministérios da Cidadania e da Economia é que a medida beneficie cinco milhões de famílias. O programa irá destinar um vale-gás de R$ 52 a cada dois meses para famílias com renda de até meio salário-mínimo (R$ 550).

Santos Dumont: Paes vai ao TCU contra edital de Aeroporto

O valor corresponde a pouco mais da metade da média do preço do botijão de gás de 13kg no Brasil. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, o botijão tem sido vendido por cerca de R$ 100.

O aumento do preço do gás e dos combustíveis tem sido um dos principais pontos do discurso do presidente Jair Bolsonaro, que costuma se eximir de responsabilidade pela inflação e atribuir a culpa a prefeitos e governadores, seja pelos impostos estaduais que incidem sobre o preço do gás e do petróleo, seja pelas medidas restritivas adotadas para frear o avanço do coronavírus.

Aumento: Governo Bolsonaro agora teme pressão generalizada de servidores por reajustes

Segundo especialistas, entretanto, apesar da influência dos tributos e das consequências da pandemia do novo coronavírus, o valor do gás de cozinha aumentou sobretudo devido à desvalorização do real frente ao dólar, causado pela crise política pela qual o Brasil passa nos últimos anos e, recentemente, pela perspectiva de desajuste fiscal.