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Cientistas brasileiros desenvolvem novo teste pra detecção da covid-19

Cientistas brasileiros desenvolvem novo teste pra detecção da covid-19

Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo um teste novo para detecção da Covid.

A descoberta promissora foi feita em tempo recorde. Três meses de trabalho árduo e os cientistas inventaram um novo teste para detectar a presença do vírus: mais rápido, mais simples e mais barato.

A pesquisa é resultado de uma força-tarefa que envolve várias universidades e o Instituto Senai de Inovação em Química Verde. Os pesquisadores desenvolveram moléculas capazes de reconhecer o vírus e se ligar a ele. Depois, acrescentaram estruturas químicas que emitem luz e deixam as moléculas com uma cor fluorescente. Quando elas encontram o vírus e a cor desaparece, o resultado é positivo.

As hastes contendo o vírus são mergulhadas em tubos onde estão as moléculas. Com a ajuda da luz ultravioleta, dá para ver bem. O líquido que era laranja fica transparente em contato com o coronavírus. “O que está sem a emissão da fluorescência indica que há presença do vírus”, explica um pesquisador.

A vantagem é que o material coletado do paciente não precisa ser levado para o laboratório nem passar por várias análises. Com esse novo método, a resposta é imediata. Bastam alguns segundos para saber se a pessoa está ou não infectada pelo novo coronavírus.

O teste disponível no mercado e recomendado para detectar o vírus, o PCR, leva dias até ficar pronto. Agora o novo método vai ser testado com amostras reais, com secreções do nariz e da garganta de pacientes. Os pesquisadores precisam saber se ele detecta até pequenas quantidades de partículas do coronavírus e se ele não reage também com outros vírus parecidos.

“A grande vantagem é que esse teste é um teste de custo reduzido, tecnologia nacional, fácil de utilizar, permite a detecção imediata do vírus e não necessita de uma mão de obra altamente qualificada para a manipulação da formulação”, explica Maria de Lourdes Magalhães, bioquímica da Universidade do Estado de Santa Catarina.

Se tudo der certo, até dezembro a invenção 100% brasileira pode estar disponível para o mundo inteiro. “Esse projeto foi um projeto de inovação aberta. Então, tudo o que a gente produziu aqui não vai ser patenteado e vai ser público. Qualquer um que quiser desenvolver a mesma molécula ou utilizar a mesma estratégia, esses dados vão ser publicados e a ideia é que, de fato, permitisse a testagem em massa, que hoje a gente sabe que é essencial para o controle dessa doença”, afirma Antônio Fidalgo, do Instituto Senai de Inovação em Química Verde.

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