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Filhos de Bolsonaro associam MTST ao PT para dizer que imóveis serão invadidos no governo Lula

Bolsonaro e filhos

Pedro Araujo

Após a divulgação de um vídeo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradece o apoio do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e promete que a organização não será “apenas coadjuvante" e sim “sujeito da história” em eventual novo governo do petista, os filhos do presidente Jair Bolsonaro usaram as redes sociais para associar o petistas a invasão de residências. Essa não é a primeira vez que essa associação vem à tona. Várias vezes, em ano eleitoral, os adversários do PT afirmam que o governo vai liberar as invasões a imóveis, como o MTST. No entanto, os governos do PT nunca estimularam qualquer tipo de invasão, e o Movimento dos Trabalhadores dos Sem Teto só ocupa imóveis abandonados e sem uso, em protesto por uma política de moradia para toda a população.

Pelo Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) postou um vídeo editado com imagens de um escracho, forma de protesto com pichações, feito na última segunda-feira, contra o Projeto de Lei do Veneno, na sede da secretaria do deputado federal General Girão (União Brasil-RN) por membros do MST, em Natal (RN). Girão votou a favor do projeto que flexibiliza o uso de agrotóxicos no Brasil e é um dos políticos investigados no inquérito sobre financiamento de atos antidemocráticos.

Ainda que o vídeo de Lula mencionasse o MTST, Eduardo divulgou um vídeo editado que unia a fala do ex-presidente com as imagens do protesto do MST no gabinete de Girão. Na publicação, Eduardo diz: “Este é o tipo de gente que terá protagonismo num eventual governo do presidiário.” 

O senador Flávio Bolsonaro também usou as redes sociais para falar sobre o apoio de Lula ao movimento social. Pelo twitter, Flávio afirmou que “O ladrão de nove dedos vai tirar sua arma, sua casa e sua liberdade”. 

 O vereador Carlos Bolsonaro, também se juntou aos irmãos e ironizou ”Aproximação inédita seria a carteira de trabalho e o líder do MTST!”. 

 O próprio presidente Jair Bolsonaro, mencionou a aproximação de Lula com o movimento social em sua live semanal. Na transmissão, o presidente afirmou que trabalhou em três frentes para coibir o avanço do MTST: "tirar dinheiro de ONGs (Organizações Não Governamentais)", ampliar a posse de armas no Brasil e "titulação de terras". Bolsonaro, no entanto, também se confundiu em momentos da live ao mencionar "invasões" de fazendas. O MTST não atua em áreas rurais, mas somente em urbanas. O líder do MTST, Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo disse que vai processar o presidente por "espalhar a velha fake news de invasão de casa".

Ontem, Boulos rebateu as críticas feitas pelos filhos do presidente. Em resposta, o líder do MTST disse para Eduardo "lavar a boca para falar do MTST" e o chamou de "moleque" e "bananinha".

O perfil oficial do MTST se posicionou através das redes ironizando os ataques bolsonaristas: "Ficamos sabendo que gente da direita deu um piti com o Lula por nossa causa".

 

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