Witzel: 'minha prisão seria uma injustiça sem precedentes no governo'
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, no âmbito da operação Tris in Idem, deflagrada nesta sexta-feira (28), mas o pedido foi negado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves, responsável pelo caso.
A operação investiga desvios na saúde do estado. Apesar de não ter autorizado a prisão de Witzel, o ministro determinou o afastamento do governador por 180 dias.
O vice-governador, Cláudio Castro, foi alvo de busca e apreensão.
Pastor Everaldo, presidente do PSC, partido de Witzel, foi preso na operação. Everaldo foi candidato à Presidência da República em 2014 e também ao Senado em 2018.
A PGR denunciou Witzel e outras oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel.
A defesa de Witzel disse que "recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade".
A defesa de Everaldo afirmou que "o pastor sempre esteve à disposição de todas as autoridades e reitera sua confiança na Justiça".
STJ afasta governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC); PF prende Pastor Everaldo
Mandados
No total, são 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 83 de busca e apreensão.
Mandados de prisão confirmados:
- Pastor Everaldo, presidente do PSC (preso);
- Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico;
- Sebastião Gothardo Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda (preso).
Mandados de busca e apreensão confirmados:
- contra a primeira-dama, Helena Witzel, no Palácio Laranjeiras;
- contra Cláudio Castro, vice-governador;
- contra André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa (Alerj);
- contra o desembargador do Trabalho Marcos Pinto da Cruz.
Os mandados estão sendo cumpridos também em outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e no Distrito Federal.