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BRASIL

Revisão do Estatuto do COB ‘é um retrocesso’, diz presidente do Conselho de Ética

Sede do COB



A revisão de mais de 200 itens no Estatuto do COB, sugerida ontem à noite pela presidência da entidade para ser votada em assembleia geral extraordinária nesta tarde, foi considerada um retrocesso pelo presidente do Conselho de Ética, Alberto Murray.

Para Murray, as propostas de Paulo Wanderley, presidente do COB, são um esvaziamento dos mecanismos de controle e de sua independência. Diz Murray:

— Isso é um retrocesso. O conselho de ética deixa de aplicar sanções para apenas propô-las à assembleia geral. Além disso o comitê de conformidade passa a ser um braço do conselho de administração e perde independência. A figura do gerente de compliance deixa de existir e inventaram um "agente de conformidade" que é uma espécie de assessor do Conselho de Administração.

(Atualização às 19h35: As principais alterações sugeridas no estatuto do COB pelo presidente Paulo Wanderley foram rejeitadas na assembleia geral extraordinária. Entre as propostas não aprovadas, a que transferiria o comitê de conformidade para o conselho de administração, fazendo com que ele deixasse de ser um órgão autônomo. E o rebaixamento do responsável pelo compliance de gerente para agente. Também foi rejeitado o fim do direito de conselho de ética de aplicar punições. A sugestão era de que o CE apenas fizesse sugestões para serem deliberadas nas assembleias gerais.)

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