Por France Presse


Funcionário trabalha na sede da AstraZeneca, em Sydney, na Austrália, nesta quarta-feira (19) — Foto: Dan Himbrechts via Reuters/ AAP Image

O governo da Austrália tornará obrigatória a vacina contra o novo coronavírus, com algumas exceções médicas, afirmou o primeiro-ministro Scott Morrison nesta quarta-feira (19).

O chefe de Governo conservador declarou que a vacinação "seria obrigatória, na medida do que pode ser obrigatório".

"Sempre há exceções à vacina, por razões médicas, mas deve ser a única", declarou Morrison à rádio 3AW de Melbourne.

O primeiro-ministro anunciou na terça-feira que o país fechou um acordo para obter a vacina "promissora" que está sendo desenvolvida pelo grupo farmacêutico sueco-britânico AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Morrison disse que o país produzirá e distribuirá gratuitamente vacina à população.

Antecipando possíveis movimentos antivacina, Morrison destacou que há muitas coisas em jogo para permitir que a doença continue em propagação.

"Estamos falando de uma pandemia que destruiu a economia mundial e provocou centenas de milhares de mortes em todo o mundo", disse.

O governo australiano calcula que, para erradicar a o vírus, 95% da população deve ser imunizada.

"Temos que dar a resposta mais ampla possível para que a Austrália recupere a normalidade", declarou Morrison.

A vacina contra algumas doenças como pólio ou tétano é obrigatória antes da criança começar a frequentar a escola na Austrália. Mas há um grande debate a respeito dos tratamentos, pois muitas pessoas alegam que a obrigação atenta contra liberdade pessoal. Muitos grupos antivacina alimentam teorias da conspiração e sobre os supostos riscos.

A vacina de Oxford é uma das cinco que estão atualmente na fase 3 dos testes. Os cientistas acreditam que podem ter resultados até o fim do ano.

A Austrália ainda precisa assinar um acordo final com a AstraZeneca sobre o preço da vacina. Até o momento não foi designado um fabricante local.

O coronavírus provocou mais de 775 mil mortes e cerca de 22 milhões casos de infecção em todo o planeta, de acordo com um balanço da AFP com base em dados oficiais dos países.

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