LONDRES — Recrutadas para combater pelo Estado Islâmico, mais de 50 crianças-soldado já morreram no conflito sírio desde o início do ano, informou nesta quarta-feira um grupo que monitora a guerra no país. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, os combatentes tinham menos de 16 anos e foram recrutados como parte do programa Leõezinhos do Califado.
Desde janeiro, o EI recrutou cerca de 1.100 pessoas com menos de 18 anos. Dos jovens combatentes menores de idade, 52 morreram. Os dados do grupo — que tem sede em Londres, mas conta com uma rede de observadores no país em guerra — indicam que 31 teriam morrido em julho em combates, explosões ou bombardeios.
O programa Leõezinhos do Califado fornece formação militar e religiosa a combatentes com menos de 16 anos. Os adolescentes e crianças são usados para controlar barreiras e na coleta de informações em áreas fora do controle do grupo extremista, que já conquistou vastas áreas na Síria e no Iraque. Mas, cada vez mais, esses jovens estão assumindo tarefas destinadas ao combatentes adultos, como ataques suicidas e execução de prisioneiros, de acordo com relatos.