A equipe de pesquisas do banco Godman Sach revisou as suas projeções sobre a economia dos Estados Unidos depois que os democratas venceram as eleições para o Senado na Geórgia e consolidaram o cenário de “onda azul”, embora a maioria do partido na Casa dependa do Voto de Minerva da vice-presidente Kamala Harris – pela Constituição americana, a pessoa que ocupa o cargo de vice acumula a função de presidente do Senado e decide quando há empates.
“Com o controle do Senado por uma margem estreita, os democratas devem aprovar mais estímulos fiscais no primeiro trimestre, que esperamos totalizar mais cerca de US$ 750 bilhões, incluindo US$ 300 bilhões em cheques de estímulo. No entanto, notícias desanimadoras sobre o coronavírus, incluindo o ritmo lento da vacinação e o surgimento de cepas mais infeciosas do vírus, sugerem que o aumento de gastos com o estímulo será mais lento do que o normal”, afirma o relatório do Goldman Sachs.
Diante do cenário, o banco agora projeta que o PIB americano crescerá 6,4% no fim de 2021, a uma taxa anualizada, contra 5,9% da previsão anterior. A expectativa é que a expansão seja de 5% no primeiro trimestre, de 9% no segundo, 7,5% no terceiro e 5% no quarto, sempre a uma taxa anualizada.
“A atualização de nossa projeção de PIB implica em uma trajetória de desemprego mais baixa. Esperamos, agora, que a taxa de desemprego atinja 4,8% no fim de 2021, 4,3% no fim de 2022, 3,9% no fim de 2023 e 3,6% no fim de 2024”, diz o relatório do Goldman Sachs.
A instituição também revisou o cenário para a inflação no país e espera que o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE), medida favorita do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), atinja 1,8% no fim deste ano, 1,75% no fim de 2022, 1,95% no fim de 2023, e chegue a 2,1% no fim de 2024.