Por VAE


VAE - Marca e Identidade

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Ter de fechar as portas do restaurante na pandemia foi um baque para a empresária e cozinheira Amanda Vasconcelos, 29 anos. Proprietária da Casa Tucupi, ela abriu o empreendimento em São Paulo (SP) disposta a oferecer mais do que as delícias do Acre que estão no cardápio. A experiência completa, da música à decoração, completava o pacote, tanto que o delivery não era uma opção. Até que as medidas de isolamento social exigiram que ela se reinventasse.

Não foi fácil. Ao perceber que a retomada poderia demorar meses, a acreana precisou ativar o empreendedorismo e pensar em novas alternativas. Assim, Amanda conseguiu encontrar uma forma de levar seu tempero até a casa dos clientes e se tornou a personagem de novembro nas inserções do VAE nos intervalos da Rede Globo e Globo News (veja o vídeo).

“Nunca cogitei fazer delivery. Alguns clientes pediam e eu fazia para eles, mas não era meu foco. Conforme o tempo foi passando, fui percebendo que a pandemia não ia passar tão cedo e precisava fazer alguma coisa”, explicou.

Além da tele-entrega, ela apostou em encomendas e em datas comemorativas, com menus diferenciados. Sem poder apresentar os pratos como de costume (alguns são servidos em cuias, por exemplo), a empresária caprichou ainda mais no cuidado com as entregas, seguindo a identidade visual inspirada na tribo Ashaninka.

Além de embalagens diferenciadas, teve a preocupação de levar afeto, por meio de mensagens ou brindes, como máscaras costuradas por mulheres feitas com borracha da Amazônia. “É outra experiência para o cliente quando chega uma comida com carinho, com um recadinho, um mimo. O feedback tem sido bem bom”.

Amanda transformou paixão pela comida típica do Acre em negócio — Foto: Fabio Lisi/Divulgação

Retomada gradual

Após ficar mais de 120 dias sem abrir as portas, a Casa Tucupi retomou o atendimento no espaço físico, na Vila Mariana, de forma gradual - atualmente, abre somente aos sábados e domingos. Durante a semana, seguem as encomendas e o serviço de delivery. Amanda admite que a caminhada tem sido árdua, mas luta diariamente para espantar qualquer desânimo.

Os propósitos e a rede envolvida - da equipe do restaurante a pequenos produtores, que fornecem ingredientes - servem de impulso. E tem ainda a motivação de fazer a diferença para comunidades do Acre (a cada cerveja Caxiri vendida, por exemplo, um real é doado a um projeto que apoia tribos indígenas acreanas). “Quando alguém compra um prato, não está só me ajudando. Isso me dá força para continuar”.

O desejo de seguir oferecendo aos clientes a oportunidade de sentir o gostinho do Acre, mesmo em São Paulo, completa a lista de inspirações. Pela própria experiência, ela sabe que entrega mais do que um produto. “Quando vim morar em São Paulo, para estudar arquitetura, sentia muita falta das comidas do Acre”.

Foi a saudade da terra natal (e de seus sabores) que fez com que Amanda mudasse os planos e partisse para a cozinha, colocando em prática o que aprendeu em casa. A comidinha cheia de afeto virou negócio. E toda vez que ela volta às origens faz questão de aprender mais e mais para oferecer uma experiência cada vez melhor aos clientes.

VAE

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