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Jovens estão mais preocupados com políticas de ESG nas empresas (Foto: Andrea Piacquadio/Pexels)

Jovens estão mais preocupados com políticas de ESG nas empresas (Foto: Andrea Piacquadio/Pexels)

Os jovens brasileiros querem mais políticas ambientais, sociais e de governança nas empresas. E as companhias precisam se preparar para receber esses jovens – tanto enquanto consumidores quanto como funcionários. É o que mostra a pesquisa “Construindo Nosso Futuro”, conduzida pela Eureca em parceria com o Davos Lab e o Global Shapers e ligada ao Fórum Econômico Mundial. O estudo apresentou a opinião dos jovens brasileiros, com média de 28 anos, sobre temas como economia, liderança, política, tecnologia e emergência climática.

Das 1.100 pessoas entrevistadas, 84,95% afirmaram que tanto as organizações privadas quanto as públicas dever assumir a responsabilidade por padrões de éticas sociais, ambientais, de governança e de tecnologia, conceitos incluídos na prática de ESG, sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa.

Governo deve se preocupar com a sustentabilidade

A maioria dos jovens afirmou que o governo deveria acelerar a ação climática com o intuito de contribuir com a recuperação econômica do país e incentivar a regulamentação e disponibilidade de produtos sustentáveis. Dessa forma, o objetivo de 44,64% deles é votar ou apoiar candidatos que se comprometam em tomar “medidas ousadas, imediatas e ambiciosas” para combater a crise no clima.

Para 45,35% deles, o líder político do futuro deve ter a capacidade de “demonstrar liderança responsável e sustentável”, e para 33,83% ele deve se preocupar em “representar e/ou abraçar a diversidade e inclusão”.

Além disso, 53,22% afirmaram que os bancos e demais instituições financeiras devem parar de apoiar a expansão dos combustíveis fósseis com empréstimos e demais serviços.

Para colaborar com a mudança, 21,55% dos jovens afirmaram ter a intenção de fazer parte de um negócio de impacto social, enquanto 19,63% disseram ter interesse em se voluntariar para trabalhar em uma organização sem fins lucrativos (ONG) e 14,74% informaram o desejo de trabalhar em uma organização internacional.

Carreira e ambiente digital

O levantamento também revelou a opinião dos jovens em relação ao mercado de trabalho e à progressão de carreira. A remuneração foi considerada por 27,21% como o atributo mais determinante na procura por emprego, seguido pelo plano de carreira e perspectiva de crescimento profissional, que foi apontada por 25,34% dos entrevistados.

Em relação ao ambiente digital, 78,47% entenderam que a internet e as ferramentas on-line são um direito humano básico e 44,01% afirmaram que a maior desvantagem das redes sociais são a desinformação e disseminação das fake news.

De acordo com a CEO da Eureca, Carolina Utimura, a pesquisa é importante para proporcionar espaço de fala aos jovens e direcionar o atendimento às demandas apontadas por eles.

“Vemos cada vez mais o pedido de urgência que organizações, especialmente as privadas, sejam mais responsáveis socialmente e ambientalmente. Se ainda há dúvidas que o ESG é um movimento duradouro ou não, os jovens nos trazem que seus valores nos levarão ao caminho de um progresso responsável com as comunidades”, disse.

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