O que fazer no Rio de Janeiro

Por G1 Rio


Exposição da Favelagrafia teve a primeira edição em 2016 e ganhou repercussão depois de foto de jovens 'armados' com instrumentos musicais. — Foto: Reprodução/Anderson Valentim

O projeto que revelou a foto de cinco jovens com rostos tapados segurando instrumentos musicais como se fossem armas chegou a sua segunda edição. A exposição Favelagrafia 2.0 é gratuita e acontece a partir deste sábado (9) no Museu de Arte Moderna, no Parque do Flamengo, na Zona Sul do Rio, até 8 de dezembro.

Favelagrafia foi lançado em 2016 e ganhou repercussão mundial depois que a foto dos jovens “armados” com instrumentos viralizou nas redes sociais.

Nesta edição, os mesmos nove fotógrafos de favelas do Rio de Janeiro que participaram da primeira exposição apresentam seus trabalhos a partir do olhar de quem vive nas próprias comunidades. A apresentação conta com videoartes e filmagens que tratam da potência criativa dos moradores dos locais.

Favelagrafia leva ao Museu de Arte Moderna do Rio fotos de nove favelas pelos olhares dos próprios moradores. — Foto: Reprodução/Josiane Santana

Os participantes levaram três meses para pesquisar artistas de diferentes manifestações artísticas e culturais no Complexo do Alemão e Morro do Borel, na Zona Norte do Rio; Babilônia, Cantagalo, Rocinha e Santa Marta, na Zona Sul do Rio; Morro da Mineira, Morro dos Prazeres e Morro da Providência, no Centro do Rio.

Dentre os talentos encontrados pelos fotógrafos, a poetisa, rapper e produtora Sabrina Martina, do Alemão, conta como é conviver com ataques poéticos e sobreviver através da poesia.

Ainda no campo da arte, a professora de balé Tuanny Nascimento mostra com uma performance sua opinião sobre alguns personagens das favelas que não são vistos como deveriam.

O projeto mostra, também, uma dupla de modelos com estilo afropunk, um dançarino de passinho, um skatista e um surfista.

'Favelagrafia 2.0' tem exposição no Museu de Arte Moderna do Rio a partir deste sábado (9). — Foto: Reprodução/Saulo Nicolai

Aulas para as crianças

Durante esta edição, os fotógrafos promoveram aulas de fotografia nas favelas. O público prioritário era crianças e jovens das nove comunidades envolvidas no projeto.

“Os fotógrafos viraram referência nos lugares onde moram. Passaram a ser conhecidos como fotógrafos e inspiração de vida. Sempre que eles estão captando imagens as crianças cercam, perguntam, querem aprender. A recepção foi muito boa. Quem sabe não estamos ajudando no nascimento de novos apaixonados pela fotografia?” explicou Aline Pimenta, diretora da nbs SoMa, agência responsável pelo projeto.

Projeto Favelagrafia promoveu aulas de fotografias para crianças e jovens de comunidades do Rio. — Foto: Reprodução/Anderson Valentim

Carreira dos fotógrafos

Os nove jovens selecionados no projeto Favelagrafia em 2016 passaram por workshops e estudaram técnicas de fotografia e empreendedorismo.

Eles fizeram exposição das fotos no Museu de Arte Moderna do Rio e no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

Nove favelas do Rio são retratadas em exposição do projeto social Favelagrafia na Zona Sul do Rio. — Foto: Reprodução/Josiane Santana

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