Por Carolina Holland, G1 SC


Casos de Covid-19 crescem e Florianópolis endurece regras; veja mudanças

Casos de Covid-19 crescem e Florianópolis endurece regras; veja mudanças

A prefeitura de Florianópolis voltou a endurecer as regras de isolamento social após aumento nos números de casos e mortes em função da Covid-19. A partir de quarta-feira (24), o uso de máscaras, que era obrigatório em alguns locais, passará a ser exigido em toda a cidade. A multa caso haja descumprimento, que antes era de R$ 125, agora será de R$ 1.250. As medidas foram anunciadas na tarde desta segunda-feira (22), quando o "covidômetro", plataforma da administração municipal sobre o coronavírus, mudou a classificação da situação atual de "risco moderado" para "alto risco".

Com as novas regras, shoppings e galerias, academias e quadras esportivas deverão ficar fechados por pelo menos 14 dias. Nas praias, estão permitidos somente esportes aquáticos e pesca. Os restaurantes só poderão abrir das 11h às 15h, durante a semana. Nos fins de semana e período noturno, ficam autorizados apenas entrega e retirada no balcão.

Movimento de pedestres na região central de Florianópolis (SC), nesta segunda-feira (22) — Foto: Antônio Carlos Mafalda/Estadão Conteúdo

As áreas de lazer do município, como praças, parques, e as avenidas Beira-mar Norte e Continental só poderão ser frequentadas durante a semana. Para bares e lanchonetes, as regras são funcionamento até as 18h nos dias semana. À noite -- durante a semana -- e aos fins de semana poderão entregar produtos e deixar que os clientes retirem no local. (Veja lista abaixo)

"Os números que temos hoje, contratamos há 14 dias. Os números daqui a 14 dias vamos contratar hoje. Escolhemos contratar segurança e controle. Não é uma questão de 'se fecha ou não', era uma questão de quando fechar", escreveu o prefeito Gean Loureiro (sem partido) numa rede social nesta segunda.

A Capital tem 1.108 casos confirmados de coronavírus e 10 mortes, segundo o governo estadual. Mas a prefeitura contabiliza 12 óbitos, sendo que duas ainda não foram registradas pelo Estado.

Apesar das novas regras, fica inalterado, por ora, o funcionamento do transporte público municipal, que retornou na última semana. Nesta segunda-feira (22), o transporte intermunicipal voltou a circular em Florianópolis, seguindo uma série de restrições que são aplicadas também nos ônibus municipais.

Ainda segundo o prefeito, a taxa de transmissão, que no momento é de 1.3, também é considerada para a tomada dessas novas medidas. Conforme disse Loureiro em entrevista ao Jornal do Almoço desta segunda, se esse índice chegar a 2, pode haver colapso no sistema de saúde. A ocupação geral de leitos de terapia intensiva (UTI) na Grande Florianópolis está em 65%.

Isolamento social

O secretário municipal de Saúde, Carlos Alberto Justo da Silva, afirmou que a prefeitura usa fórmulas matemáticas que fazem projeções e que o índice de confiabilidade neste período é de 98%.

"A população tem que entender que enquanto não chegar uma outra vacina, a a vacina que nós temos hoje, que funcionou em todo o mundo, é o isolamento social. É o isolamento social que salva vidas, que diminui o número de pessoas doentes e resolve a situação", ressaltou durante entrevista ao Bom Dia Santa Catarina na terça-feira (23).

Secretário de Saúde de Florianópolis fala sobre restrições e aumento de casos

Secretário de Saúde de Florianópolis fala sobre restrições e aumento de casos

Veja abaixo as mudanças:

Novas restrições em Florianópolis — Foto: PMF/ Divulgação

Novas restrições em Florianópolis — Foto: PMF/ Divulgação

Lojistas

Por meio de nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis informou que recebeu "com preocupação" as novas restrições no comércio impostas pela administração municipal, que os lojistas têm se esforçado para evitar aglomerações e que parte da população é que tem sido negligente com as regras de segurança.

A entidade disse que entender ser necessário manter o controle da curva de transmissão do novo coronavírus, mas que considera "inaceitável" que galerias, shopping centers, bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e supermercados sejam afetados "pela aparente negligência exibida por parte da população no último final de semana".

A nota diz ainda que as pessoas precisam "ter consciência de que os sacrifícios até agora feitos pela iniciativa privada não podem ser em vão", e que muitas empresas tiveram que fechar as portas, gerando desemprego a milhares de pessoas.

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