Lutar para livrar-se do despotismo faz parte da história recente da Ucrânia. Para os ucranianos, libertar-se da tirania russa é sinônimo de progresso e de futuro promissor, daí a dificuldade de recuar. Em 2013, virou profunda decepção a esperança de ingressar na União Europeia. Viktor Yanukovych, aliado de Moscou, mas eleito com a promessa de integração com a Europa, logo mostrou que sua proposta era fake news. Os russos, e seus aprendizes, sabem como lucrar com isso. Dia 22 de fevereiro de 2014, depois de 93 dias e 125 mortos civis, quase todos muito jovens, a revolta da população resultou na renúncia de Viktor Yanukovych, que fugiu para Moscou.
Edvaldo Santana é doutor em Engenharia de Produção e ex-diretor da Aneel
O mundo em queda (quase) livre
A tirania pressupõe o poder ilegítimo e o domínio físico pela arbitrariedade