Coronavírus

Por G1


Brasil chega a 43.389 óbitos por Covid-19, diz consórcio de veículos de imprensa

Brasil chega a 43.389 óbitos por Covid-19, diz consórcio de veículos de imprensa

O Brasil teve 598 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus nas últimas 24 horas, aponta levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 43.389 óbitos pela Covid-19 até este domingo (14). Veja os dados, consolidados às 20h:

  • 43.389 mortes; eram 42.791 até as 20h de sábado (13), uma diferença de 598 óbitos
  • 867.882 casos confirmados; eram 850.796 até a noite de sábado

Apenas o Rio Grande do Norte não divulgou novos dados; o estado diz que não publica boletins aos domingos.

Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.

O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.

O Brasil é o segundo país com mais casos e mais mortes no mundo, somente atrás dos EUA. O país concentra 10% de todas as vítimas do planeta, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. Já os Estados Unidos têm 2 milhões de casos. São 115 mil óbitos.

— Foto: Editoria de Arte/G1

— Foto: Editoria de Arte/G1

Parceria

A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia da Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram a iniciativa.

Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.

A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite da quinta-feira (4). Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.

Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.

No domingo (7), o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.

Apenas na terça (9) o ministério voltou a divulgar os dados completos, obedecendo a ordem do STF.

Neste domingo (14), o órgão publicou um novo balanço. Segundo a pasta, houve 612 novos óbitos e 17.110 novos casos, somando 43.332 mortes e 867.624 casos desde o começo da pandemia – números totais menores que os apurados pelo consórcio.

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