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Presidente da Fiocruz diz que Brasil 'assumiu um risco' para ter uma vacina contra o coronavírus

Nísia Trindade Lima defende investimento em imunização mesmo sem garantia de resultado, mas ressalta que país deve rever atendimento à saúde pública
A socióloga Nísia Trindade, presidente da Fiocruz Foto: Márcia Foletto
A socióloga Nísia Trindade, presidente da Fiocruz Foto: Márcia Foletto

RIO — Otimista, mas cautelosa. A socióloga Nísia Trindade Lima comemora a futura produção de vacinas contra a Covid-19, que estão sendo desenvolvidas pela Universidade de Oxford, na Bio-Manguinhos, laboratório da Fiocruz, instituição presidida por ela. Trata-se de um investimento de R$ 693,4 milhões, e não há garantias de que o produto será eficaz. Nísia, porém, defende a parceria, destacando a importância da transferência de tecnologia, que pode contribuir até para o país superar outras enfermidades, como a gripe H1N1.

Em entrevista ao GLOBO, Nísia diz que o Brasil não pode correr o risco de ser excluído da produção mundial de vacinas e de um futuro tratamento contra a Covid-19.

Como os resultados dos ensaios clínicos não serão conhecidos antes de outubro, as medidas de proteção contra a pandemia, como a higienização e o uso de máscaras, não devem ser abandonadas, diz ela, que também reivindica investimento no sistema de saúde público e na organização das campanhas de vacinação.

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