Saúde Coronavírus

Com 1.057 mortes em 24 horas, Brasil chega a 60.713 óbitos, aponta consórcio de veículos de imprensa no boletim das 20h

Novos 44.884 casos foram reportados, elevando para 1.453.369 o número de infectados pelo novo coronavírus no país
Homenagem no Cristo Redentor aos mais de 60 mil mortos pela Covid-19 no Brasil Foto: MAURO PIMENTEL / AFP
Homenagem no Cristo Redentor aos mais de 60 mil mortos pela Covid-19 no Brasil Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

RIO — O Brasil contabilizou 1.057 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos durante a pandemia para 60.713, segundo levantamento feito com as secretarias estaduais de saúde pelo consórcio de imprensa nesta quarta-feira. A marca de 60 mil mortes já havia sido registrada no levantamento das 13h. O total de casos confirmados, por sua vez, foi de 1.453.369, após 44.884 novos diagnósticos no último dia.

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No dia 11 de junho, o Brasil atingiu a marca de 40 mil óbitos pela Covid-19. Dez dias depois, no dia 21 de junho, o país atingiu o número de 50 mil vidas perdidas para o novo coronavírus. Hoje, seguindo a média, são 60 mil óbitos.

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O levantamento foi realizado por um consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, G1, Extra, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. As estatísticas da pandemia no Brasil são divulgadas três vezes ao dia. O próximo levantamento será divulgado nesta quinta-feira, às 8h.

De acordo com o boletim divulgado nesta quarta pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 46.712 casos novos da doença nas últimas 24 horas. No período, foram registradas 1.038 mortes.

Segundo o boletim, os estados com os maiores números de casos são: São Paulo (289.935), Rio de Janeiro (115.278), Ceará (113.017), Pará (105.853) e Maranhão (83.256). Os estados com o maior número de mortes são: São Paulo (15.030), Rio de Janeiro (10.198), Ceará (6.180), Pará (4.960) e Pernambuco (4.894).

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De acordo com o ranking divulgado pela Universidade Johns Hopkins, o Brasil segue na segunda colocação mundial tanto em número de casos quanto no número de mortos. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos, que têm 2.623.217 casos e 127.272 mortes pela Covid-19, registra a plataforma da universidade americana.

Inverno

Apesar de até agora nenhum estudo ter sido taxativo a respeito da relação entre o avanço do coronavírus e as baixas temperaturas, cientistas, pesquisadores e profissionais da saúde alertam para uma possível piora na transmissão do vírus durante o inverno, que começou oficialmente no Brasil no dia 20 de junho.

Segundo estes especialistas, a baixa umidade, a predisposição de as pessoas ficarem com as mucosas mais sensíveis por causa do frio, provocando corizas e alergias respiratórias, o que facilita qualquer tipo de transmissão viral, e a tendência de passar mais tempo em ambientes fechados, situações comuns no inverno brasileiro, podem dificultar ainda mais o controle da pandemia.

Reabertura prematura

Um estudo da Rede de Pesquisa Solidária , formada por mais de 50 pesquisadores brasileiros que monitoram os dados da pandemia, indicou que nenhum estado brasileiro alcançou a taxa de positividade em testes para o novo coronavírus recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos critérios seguros para afrouxamento das medidas de isolamento social.

Os especialistas analisaram dados e boletins oficiais dos estados sobre testagem até o dia 20 de junho. A média de positividade dos testes no país, indicam, foi de 36% no mês. A OMS recomenda que as autoridades de saúde só flexibilizem ações de distanciamento social quando essa taxa for de 5%, e se mantiver estável durante duas semanas, pelo menos. Na prática, isso quer dizer que, de cada cem exames realizados, apenas cinco tenham resultado positivo, durante 14 dias, em média.

Vacina

A vacina para Covid-19 desenvolvida pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech e pela gigante farmacêutica dos Estados Unidos Pfizer mostrou potencial e foi bem tolerada no estágio inicial de testes em humanos, informaram as empresas nesta quarta-feira.

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A vacina é uma das 17 testadas em seres humanos durante uma corrida global para encontrar uma forma de imunização contra o novo coronavírus, que já infectou 10,5 milhões de pessoas e matou mais de meio milhão até agora.

O tratamento em potencial é a quarta imunização para Covid-19 em estágio inicial anunciado como promissora em testes em humanos. Os outros projetos envolvem também uma vacina desenvolvida por Oxford e que já está sendo testada no Brasil, a Moderna, a CanSino Biologics e a Inovio Pharmaceuticals.