• Rennan A. Julio
Atualizado em

A Dakistartup brasileira que opera como supermercado digital fundada em janeiro deste ano, fez dois anúncios na manhã desta terça-feira (20/07). O primeiro deles foi a fusão com a startup JOKR, grupo norte-americano criado há quatro meses e com atuação nos Estados Unidos, México e Peru no mesmo modelo de negócio da Daki. O segundo foi um aporte de US$ 170 milhões (valor equivalente a R$ 870 milhões) em rodada Série A, para expansão das operações no Brasil e no mundo. Apesar da fusão, as startups seguirão operando como Daki e JOKR.

Os empreendedores Alex Bretzner, Rafael Vasto e Rodrigo Maroja, fundadores da Daki (Foto: Divulgação)

Os empreendedores Alex Bretzner, Rafael Vasto e Rodrigo Maroja, fundadores da Daki (Foto: Divulgação)

O investimento foi liderado pela Tiger Global, GGV Capital e Balderton Capital e contou com a participação de Monashees, Kaszek Ventures, HV Capital, Activant Capital, Greycroft e FJ Labs. O dinheiro será usado de três diferentes formas: investimento em infraestrutura para expansão nacional da Daki e global da JOKR; desenvolvimento tecnológico do aplicativo, com foco em experiência do cliente; e contratação de pessoas.

Fundada em janeiro deste ano pelos empreendedores Alex Bretzner, Rafael Vasto e Rodrigo Maroja, a Daki nasceu com a proposta de ser um supermercado digital com entregas de até 15 minutos. Para isso, a startup mantém uma infraestrutura de “dark stores”, que são centros de distribuição reduzidos, com estoque à disposição, equipe interna de montagem de pedidos e entregadores próprios a fim de acelerar a operação de delivery.

Hoje, a empresa conta com 10 dark stores em São Paulo, capazes de atender 20 bairros na cidade. Do primeiro trimestre para o segundo, a startup viu um crescimento de 700% no número de pedidos. No mês que vem, a empresa inicia sua operação no Rio de Janeiro. Sobre a expansão nacional, Vasto diz que a Daki dá preferência a grandes centros urbanos, como capitais. “Mesmo assim, no curtíssimo prazo, nosso foco está em São Paulo e no Rio de Janeiro”, afirmou.

O empreendedor conta que juntar forças com a JOKR, uma empresa também recém-criada, foi uma decisão tomada para acompanhar o momento do mercado. “Na pandemia, ficou evidente como tudo está evoluindo muito rápido. E vimos nessa fusão um bom timing para fortalecer a nossa posição”, diz. Além disso, a parceria foi estratégica para atrair investidores e aumentar o valor da rodada. “Nada melhor do que unirmos forças”, diz Vasto.

Com a rodada fechada, agora a Daki espera encerrar 2021 com pelo menos 100 dark stores espalhadas pelo país. Em paralelo, vai investir na contratação de profissionais de tecnologia para melhorar a experiência dos usuários; assim como aumentará o sortimento de produtos disponibilizados na plataforma, que hoje é de 1 mil. “Um ponto é que não queremos ser como um supermercado do mercado offline, com 10 mil SKUs disponíveis. Vamos ser assertivos, usando dados para formatar o nosso portfólio”, afirma Vasto.

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