Por Caroline Borges, g1 SC


Deputados de SC aprovam lei que libera educação domiciliar

Deputados de SC aprovam lei que libera educação domiciliar

O projeto de lei que autoriza a educação domiciliar em Santa Catarina foi aprovado pelos deputados na quarta-feira (27), em votação na Assembleia Legislativa (Alesc), em Florianópolis. O documento que trata do "homeschooling", como a prática é conhecida em inglês, ainda precisa seguir para sanção ou veto do governador Carlos Moisés (sem partido), que tem o prazo de 15 dias para publicar a decisão.

A proposta foi aprovada em dois turnos. No primeiro, a votação recebeu 25 votos favoráveis, seis contrários e uma abstenção. Já no segundo, o texto, que não estava previsto na pauta do dia, teve 21 votos favoráveis, seis contrários e uma abstenção.

Ao g1 SC, a Alesc informou que o texto será enviado ao Executivo na próxima semana.

Aulas presenciais na rede estadual de educação de Santa Catarina — Foto: Ricardo Wolffenbüttel/ Secom SC

Impasse

O projeto da educação em casa foi reprovado pela Comissão de Educação da Alesc, que chegou a fazer uma audiência pública sobre o tema. No entanto, voltou a ser discutido após passar pela Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A matéria recebeu uma emenda substitutiva global que, entre outras mudanças, determina a garantia de tutela do Estado, a conceituação de aptidão técnica e a proibição do ensino domiciliar aos pais com medidas protetivas.

A proposta original foi feita pelo deputado Bruno Souza (Novo). Pelas redes sociais nesta quinta-feira (28), a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) comemorou o resultado da votação. "Vitória! Aprovado o homeschooling em Santa Catarina. Parabéns aos parlamentares que ouviram o anseio dos catarinenses", disse.

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC) se posicionou contrário ao texto e disse que estuda entrar com pedido para anular o projeto. Segundo a categoria, é necessário uma lei federal que regulamente a forma de domiciliar.

"É uma medida que prejudica adolescentes e crianças que serão cerceadas do espaço escolar, prejudicando o seu desenvolvimento dentro do ambiente escolar e sua diversidade", escreveu a entidade.

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Como votaram os deputados (2º turno)

A favor da matéria:

  • Ada De Luca (MDB)
  • Bruno Souza (NOVO)
  • Coronel Mocellin (PSl)
  • Dirce Heiderscheidt (MDB)
  • Felipe Estevão (PSL)
  • Fernando Krelling (MDB)
  • Ismael dos Santos (PSD)
  • Ivan Naatz (PL)
  • Jerry Comper (MDB)
  • Jesse Lopes (PSL)
  • José Milton Scheffer (PP)
  • Kennedy Nunes (PTB)
  • Laércio Schuster (PSB)
  • Marcius Machado (PL)
  • Moacir Sopelsa (MDB)
  • Nazareno Martins (PSB)
  • Nilso Berlanda (PL)
  • Ricardo Alba (PSL)
  • Sargento Lima (PL)
  • Silvio Dreveck (PP)
  • Valdir Cobalchini (MDB)

Contra:

  • Luciane Carminatti (PT)
  • Adrianinho (PT)
  • Fabiano da Luz (PT)
  • Marcos Vieira (PSDB)
  • Neodi Saretta (PT)
  • Volnei Weber (MDB)

Não votou:

  • Rodrigo Minotto (PSL)
  • Romildo Titon (MDB)
  • Jair Miotto (PSC)
  • Julio Garcia (PSD)
  • Mauro de Nadal (MDB)
  • Sergio Motta (PRB)
  • Ana Campagnolo (PSL)
  • Doutor Vicente (PSDB)
  • João Amin (PP)
  • Marlene Fengler (PSD)
  • Mauricio Eskudlark (PL)
  • Milton Hobus (PSD)
  • Paulinha (sem partido)

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