Brasil
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE

Por Folhapress — São Paulo


O Brasil chegou, nesta quarta-feira (20), a mais de 50% da população com esquema vacinal completo contra a covid. Ou seja, metade dos brasileiros tomou as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única.

Foram as 651.053 segundas doses registradas nesta quarta, que levaram o país a passar dos 50%. Também foram notificadas 292.943 primeiras doses, 40.389 doses únicas e 116.585 doses de reforço.

Com as doses registradas, já são 152.325.559 brasileiros com a primeira dose. Ao todo, 106.874.272 já tomaram também a segunda ou a dose única, o equivalente a 50,1% da população.

Nos primeiros meses, o país apoiou-se na Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac — Foto: Governo de SP
Nos primeiros meses, o país apoiou-se na Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac — Foto: Governo de SP

Vale, porém, destacar que a imunização só é considerada efetiva duas semanas após a aplicação da segunda dose. Nas redes sociais, o marco foi comemorado por especialistas, que aproveitaram o momento para enfatizar a importância da vacinação e do uso da máscara como equipamento de proteção pessoal.

Há quase quatro meses, entre junho e o começo de julho, Chile (o primeiro da América do Sul, em 22 de junho), Reino Unido e Uruguai atingiram esse patamar de vacinação. Na segunda metade de julho e início de agosto, foi a vez de Portugal, Alemanha, Estados Unidos e França ultrapassarem a marca de metade da população imunizada.

Gibraltar, em 14 de março deste ano, foi o primeiro no mundo a alcançar a marca de 50%. Na América do Sul, além de Chile e Uruguai (2 de julho), Equador e Argentina completaram a vacinação de metade da população em 8 de setembro e 3 de outubro, respectivamente.

Os Estados Unidos, que tiveram um processo inicial rápido de vacinação nos primeiros meses de 2021, perderam velocidade com o tempo e só alcançaram os 50% de vacinados em 1º de agosto. O país vem sofrendo para avançar com o programa vacinal devido à resistência da população e conta com somente 57,1% dos americanos vacinados, segundo dados do CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA) de terça-feira.

O Brasil, ao contrário do vizinho Chile, dos EUA e do Reino Unido, teve um início de campanha vacinal lento. Um dos motivos foi a falta de disponibilidade de imunizantes. Outro fator que pesou contra o país foi a inação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

Nos primeiros meses deste ano, o país apoiou-se basicamente na Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, para levar adiante a campanha de vacinação. Os grandes lotes da Covishield, vacina da Astrazeneca/Oxford produzida pela Fiocruz, sofreram sucessivos atrasos de produção e entrega, o que também contribuiu para menores valores de vacinação iniciais e concentração de uso de Coronavac.

Com o passar dos meses e críticas constantes sobre a falta de ação do governo federal, mais acordos por vacinas foram realizados, como no caso da Pfizer, que tentava, desde o segundo semestre de 2020, vender o seu imunizante para o Brasil.

No momento, além dos imunizantes já citados, o país também tem aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a vacina de dose única da Janssen. Os dados da vacinação contra a covid-19, também coletados pelo consórcio, foram atualizados em 24 estados.​

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as secretarias de saúde estaduais.

Imunidade de rebanho

Apesar dos números de vacinas recentes animadores no país, como atingir mais de 100 milhões de pessoas com o esquema vacinal completo e 50% da população imunizada, nesta quarta, tais dados devem ser vistos com cautela.

Com a variante delta, que se dissemina mais e com mais facilidade, a possibilidade de atingir a imunidade de rebanho se tornou uma realidade mais distante no mundo, segundo afirmou recentemente à Folha Denise Garrett, epidemiologista e vice-presidente do Instituto Sabin.

"Não existe um número mágico para a imunidade de rebanho", disse a especialista. "Ao que tudo indica, o vírus está aqui para ficar. Como isso vai se desenrolar, vai variar muito de país para país." O poder da delta ficou claro em outros países com a vacinação consideravelmente mais avançada, como em Israel, por exemplo. O país já flexibiliza até mesmo o uso de máscaras, quando a delta começou a aumentar o número de infecções e reverteu as medidas menos restritivas.

Além disso, com o passar dos meses, percebeu-se a queda dos níveis de proteção das vacinas – algo que não chega a ser surpreendente- e se passou a verificar a necessidade de doses de reforço, pelo menos até o momento destinadas a pessoas mais velhas, pessoas com problemas de imunidade (uma terceira dose, na verdade) e profissionais de saúde.

Com isso, fica claro que, apesar do otimismo que os dados vacinais podem trazer, os cuidados preventivos básicos contra a covid devem permanecer, inclusive o uso de máscaras.

Mais recente Próxima Brasil torna-se 4º maior exportador de petróleo para a China

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

Banco Central terá que manter juros elevados e ‘esperar para ver’ os efeitos, segundo presidente distrital

Processo de desinflação está estagnado e será mais difícil prosseguir, diz Golsbee, do Fed

Barril do petróleo Brent chegou a subir cerca de 4% após as primeiras notícias sobre o ataque de Israel ao Irã

Ibovespa sobe e dólar cai com expectativa de pagamento de dividendo da Petrobras

O pedal do acelerador do Cybertruck pode soltar ou prender, causando um aumento de velocidade não intencional e elevando riscos de acidente

Tesla faz recall do Cybertruck por conta de problemas no pedal do acelerador

Credenciadora relança sua conta para pessoa jurídica

Stone prevê que maquininha não será mais principal porta de entrada de clientes

Além da geopolítica e da agenda corporativa, os agentes seguem com a política monetária no radar

Bolsas de NY operam sem direção definida com tensão no Oriente Médio e balanços

Há a possibilidade de as duas redes para pets manterem os seus nomes assim como no caso da RD

Petz e Cobasi querem ser nova Raia Drogasil; aprovação do Cade levará até um ano

Julgamento havia sido retomado nesta sexta-feira no plenário virtual; os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes haviam se posicionado antes de o caso ser interrompido

Dino apresenta destaque e ação sobre bloqueio de aplicativos de mensagem será levada ao plenário

O diretor-executivo para as Américas do grupo Eurasia, Christopher Garman, trata da dimensão do problema que o governo Lula causou ao rever para baixo as metas fiscais dos próximos anos. A análise de Garman é parte da série “O Brasil em 60 segundos”, em mais um vídeo da parceria do Valor com a GZERO Media

Qual o tamanho do problema causado pela redução das metas fiscais?

Em 2009, agência já havia proibido a comercialização, importação e propaganda dos dispositivos; após consulta pública, sinalizou que deve manter a decisão, adicionando medidas

Drauzio Varella defende proibição de cigarros eletrônicos em reunião da Anvisa

Principal razão é a expectativa por postura mais conservadora do Fed na política monetária americana

Estrangeiros sacam R$ 30 bilhões da bolsa em 2024