19/10/2015 08h04 - Atualizado em 19/10/2015 08h04

Beltrame diz que informações do DEA
vão ajudar Rio no combate ao tráfico

Agência que combate narcotráfico nos EUA vai abrir escritório na cidade.
'Consegue informações em vários lugares do mundo', diz secretário.

Do G1 Rio

O secretário de segurança pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que a parceria com a Drug Enforcement Administration (DEA) vai ajudar o estado no combate às drogas, como mostrou o Bom Dia Rio, nesta segunda-feira (19). De acordo com o secretário, a agência americana, especializada no rastreamento de armas, vai contribuir com informações estratégicas, obtidas em vários lugares do mundo.

"É um ganho para o país. O DEA tem uma experiência internacional. O DEA é uma marca, tem uma chancela que consegue informações em vários lugares do mundo. Não precisa ser necessariamente contra a droga ou a armas. Mas nós vamos ter aqui no Rio de Janeiro um grupo especializado que já está junto conosco nessa luta. Não só de identificar o rastreamento de armas, mas como identificar pessoas, equipamentos, drogas e outras coisas que venham a trazer prejuízos a nossa sociedade. Acho que particularmente pode nos ajudar muito mesmo nessa questão", disse Beltrame.

A instalação do escritório do DEA foi feita após pedido do próprio secretário. A informação foi publicada pela revista Isto É, no sábado (16), que destacou que dois agentes da DEA já estariam na cidade. O G1 entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Segurança Pública, que informou que apesar de não haver data definida para a instalação do escritório no Rio, pois a mesma será definida pelo governo americano, todos os tramites já foram acertados. O principal objetivo do governo do Rio é fazer um levantamento das rotas pelas quais as armas estrangeiras entram no Brasil e chegam às mãos do tráfico.

Estatuto desarmamento
No início de setembro, Beltrame entregou sugestões de mudanças no Estatuto do Desarmamento à bancada do Rio de Janeiro, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Entre as principais propostas, estavam medidas para tornar mais severas as punições para quem portar armas de uso restrito, granadas e explosivos.

"O Rio não está em guerra para ter fuzil. Estamos apreendendo 1.2 fuzil por dia, não é possível. A pessoa que tem um equipamento desses tem que sentir a força da lei, a força do apenamento, e tem que perceber que não vale a pena ter esse tipo de instrumento consigo, coisa que, no Rio de Janeiro, com o tempo, se banalizou", afirmou o secretário na época.

Há dois meses, quando a polícia prendeu seis criminosos apontados como líderes da facção criminosa mais perigosa do Estado, a polícia aprendeu na casa onde eles estavam um fuzil calibre .50, capaz de derrubar um helicóptero. No início desse ano, Beltrame afirmou que considerava o fuzil o “inimigo número 1” do combate ao crime no Rio. Os agentes dos EUA também colaborarão no esquema de segurança dos Jogos Olímpicos 2016.

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