Política
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Por André Guilherme Vieira, Marcelo Ribeiro e Raphael Di Cunto — De São Paulo e Brasília


Tarcísio de Freitas: ministro da Infraestrutura deverá concorrer ao governo de São Paulo pelo Republicanos — Foto: Ricardo Botelho/Minfra
Tarcísio de Freitas: ministro da Infraestrutura deverá concorrer ao governo de São Paulo pelo Republicanos — Foto: Ricardo Botelho/Minfra

Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para disputar o governo de São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou ontem que se filiará ao Republicanos na segunda-feira. Com sua entrada no partido, e também o ingresso da ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, o Republicanos deve apoiar formalmente Bolsonaro.

A aliança foi confirmada ao Valor por um integrante da Esplanada dos Ministérios e por três parlamentares do partido. Ainda não ficou definido o momento em a união será formalizada publicamente. O movimento para filiar os dois auxiliares no Republicanos ocorreu para evitar um rompimento definitivo da legenda com o governo.

Em fevereiro, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, reclamou publicamente da atuação de Bolsonaro sobre as negociações dos partidos para tentarem engordar suas bancadas na janela partidária.

A provável saída do ministro da Cidadania, João Roma, do Republicanos para o PL chegou a azedar o clima entre o partido e o Planalto. Roma quer concorrer ao governo da Bahia e não tinha o aval da legenda comandada por Pereira. Em meio aos rumores de que o Republicanos permaneceria neutro na disputa presidencial, Bolsonaro buscou a reaproximação com Pereira, o que resultou na ida de Tarcísio e Damares para o partido.

O plano inicial de Bolsonaro e Tarcísio era a filiação ao PL. Mas desde o início havia resistências a Tarcísio dentro do partido. Os deputados estaduais da legenda preferiam apoiar a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que conta com a aliança formal com União Brasil, MDB e Cidadania. Há ainda o Solidariedade, presidido pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), que estaria próximo de compor a coalização da chapa que será encabeçada pelo PSDB. No caso de Tarcísio, a aliança deve envolver Republicanos, PL e PTB.

Tarcísio tem um histórico de mais de 10 anos de desavenças com o PL, iniciado em julho de 2011, quando o hoje ministro foi nomeado diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) pela então presidente Dilma Rousseff (PT).

A entrada de Tarcísio na pasta de Transportes se deu na sequência da demissão do então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, acusado de envolvimento em esquema de cobrança de propina de construtoras que atuavam em obras de rodovias federais. A entrada de Tarcísio na autarquia representou perda de poder do partido. Na época, o atual Partido Liberal se chamava Partido da República (PR).

A entrada de Tarcísio no Republicanos também afasta o seu novo partido do vice-governador, com quem o próprio Pereira vinha negociando até esta semana participação na chapa majoritária. A sigla ocupou espaço no governo João Doria (PSDB) controlando a secretaria estadual de Esportes - o atual secretário Aildo Ferreira deverá ser substituído em abril, logo após o anúncio de desincompatibilização de Doria do mandato, previsto para 31 de março.

Recentemente Pereira se queixou a Garcia da falta de participação de seu partido no governo tucano, e demonstrou contrariedade com o fato de que não haveria como a sigla indicar o candidato ao Senado na chapa do vice-governador - que terá o apresentador José Luiz Datena concorrendo ao Senado pelo União Brasil.

Desde de meados de fevereiro, Tarcísio sinalizou que o Republicanos teria a prioridade para indicar o senador ou o vice se aderisse à aliança costurada sob orientação de Bolsonaro. Por ora, o nome do candidato a vice na chapa de Tarcísio continua em aberto e o do postulante a senador também segue indefinido.

Mais recente Próxima PSDB e União Brasil anunciam formação de chapa em São Paulo

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