Política
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Por Cristian Klein — Do Rio


Paes: no almoço com Lula, prefeito do Rio alegou “crise de ciúmes” mas reafirmou candidatura própria do PSD — Foto: Leo Pinheiro/Valor
Paes: no almoço com Lula, prefeito do Rio alegou “crise de ciúmes” mas reafirmou candidatura própria do PSD — Foto: Leo Pinheiro/Valor

Onze dias depois de afirmar, em entrevista ao Valor, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria de “salto alto” e não seria “relevante” para a eleição no Estado, o prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD) encontrou-se ontem com o petista em São Paulo, onde os dois se reaproximaram, embora não a ponto de haver sinalização de apoio mútuo no primeiro turno. Num almoço com duas horas de duração, a reunião ocorreu na Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, e contou com a presença da presidente do partido, Gleisi Hoffmann.

Na conversa, Lula e Paes apararam arestas e reforçaram a boa relação. O prefeito não retirou o que disse ao Valor sobre o excesso de confiança do petista e lembrou que o senador Jaques Wagner (PT-BA) fez declaração semelhante nesta semana ao defender, em entrevista a “O Globo”, que integrantes do PT precisam botar “a sandalinha da humildade” e evitar o clima antecipado de vitória.

Sobre não ser um cabo eleitoral relevante no Rio para ele, Lula ouviu de Paes que tudo não teria passado de uma “crise de ciúmes”, depois que o ex-presidente decidiu apoiar o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), que lidera as pesquisas na corrida ao Palácio Guanabara. No clima de descontração, Lula brincou: “Se você fosse candidato, eu já seria todo seu”. Paes, no entanto, já afastou a hipótese de concorrer a governador e aposta as fichas no ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Felipe Santa Cruz.

Para sair do isolamento na polarização que se desenha entre Freixo e Lula, de um lado, e o governador Cláudio Castro (PL) apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), do outro, o prefeito da capital articula uma terceira via com o PDT, cujo pré-candidato é o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves.

Na conversa, Lula disse que assistiu à entrevista de Paes na véspera ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na qual o prefeito emitiu recados, reforçados pessoalmente ao ex-presidente. No almoço, Lula ouviu que a chance de o PSD ter candidatura própria ao Planalto “é enorme”, pois as negociações do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tiveram avanços.

Na segunda, Kassab e Paes reuniram-se em São Paulo com o tucano para convencê-lo a se filiar ao PSD. Em novembro, Leite perdeu as prévias do PSDB para o governador de São Paulo, João Doria.

Em linha semelhante a conversa que teve com Kassab, Lula foi informado pelo prefeito do Rio que a ida do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) para o PSD não seria “muito palatável”. Escolhido para ser vice na chapa do petista, Alckmin negocia filiação com o PSB, mas Lula gostaria de vê-lo no PSD para garantir apoio da sigla já no primeiro turno, ampliando sua aliança para a direita.

O movimento, porém, não é trivial, pois integrantes do PSD se recusam a fazer campanha por Lula e consideram que a adesão ao petista “implodiria” o partido. A aproximação entre PT e PSD, neste caso, poderia se dar Estado a Estado, sem necessariamente implicar uma aliança nacional. A eventual candidatura própria de Leite conviveria com situações como a do Amazonas, onde o senador Omar Aziz pretende apoiar Lula, e da Bahia, onde, numa reviravolta, o PT pode abrir mão da pré-candidatura de Jaques Wagner para apoiar o senador Otto Alencar. (Colaborou João Valadares, de Brasília)

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