Política
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Por Marcelo Ribeiro — De Brasília

A pouco mais de uma semana da formalização da candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República, PSDB e MDB devem destravar nos próximos dias o último nó que ainda atrapalha a oficialização do nome do também senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como vice. Apesar do formato virtual, tucanos e emedebistas querem que os dois já sejam apresentados como chapa presidencial do bloco na quarta-feira 27, durante a convenção nacional do MDB.

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Prevista desde que o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) decidiu disputar novamente o Executivo estadual gaúcho, a união entre os dois partidos no Estado tem 90% de chances de sair do papel, segundo cálculos de lideranças nacionais das duas legendas. A resistência da ala bolsonarista do MDB gaúcho tornou-se um obstáculo para que a aliança se concretizasse rapidamente, mas está próxima de ser superada.

Em conversas reservadas, lideranças tucanas vinham demonstrando insatisfação com a demora do MDB em retirar a pré-candidatura do deputado estadual Gabriel Souza ao Palácio Piratini. Antes mesmo de Leite desistir da disputa interna com João Doria para concorrer ao Palácio do Planalto e formalizar suas pretensões no território gaúcho, Souza já era apontado como “o vice ideal” do tucano.

O impasse tornou-se um argumento para que a direção nacional do PSDB segurasse até agora a formalização do nome de Tasso à Vice-Presidência da República.

Em um novo avanço da costura entre as duas siglas, a Associação de Prefeitos e Vice-Prefeitos do MDB do Rio Grande do Sul manifestou-se ontem a favor da aliança com os tucanos. Em reunião na sede estadual do MDB, 52 integrantes da entidade foram favoráveis à união com o partido de Leite, enquanto 10 foram contra.

“Tentamos de uma maneira democrática e saudável tirar a posição dos prefeitos e vice-prefeitos. Demos nossa contribuição no intuito de ampliar a discussão sobre a possibilidade de indicarmos o vice de Leite ”, disse ao Valor o prefeito de Quinze de Novembro, Gustavo Stolte.

Com a decisão, a maioria dos prefeitos e vice-prefeitos emedebistas endossa a sinalização já dada por mais de metade dos dirigentes do MDB gaúcho de que a composição com Leite é a melhor alternativa.

Ainda que o acordo esteja no horizonte, a ala bolsonarista do MDB, encabeçada pelo ex-ministro Osmar Terra, manterá a posição contrária à aliança e tentará fortalecer a candidatura do ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL-RS). Filho do ex-senador Pedro Simon, o deputado estadual Tiago Simon (MDB-RS) também integra esse grupo de dissidentes.

Em outra frente, o grupo do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), também demonstra insatisfação com a eventual dobradinha com o PSDB.

Segundo apurou o Valor, a resistência do prefeito da capital do Rio Grande do Sul ocorre muito mais em função de seus planos políticos para o futuro. Interlocutores de Melo apontam que, se for vice-governador entre 2023 e 2026, Souza tentará concorrer ao Piratini daqui a quatro anos. Isso atrapalharia os planos do prefeito de Porto Alegre, que, se reeleito em 2024, avaliaria disputar o executivo estadual na eleição de 2026.

Reservadamente, Leite tem afirmado a aliados que vem se formando um ambiente para a composição com o MDB. A interlocutores, o ex-governador vem destacando que o MDB gaúcho é um partido grande e complexo e que as negociações devem levar o tempo que for necessário.

Ainda que a legenda presidida nacionalmente pelo deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) esteja rachada, a tendência é que o impasse da aliança entre os partidos no Rio Grande do Sul seja resolvido entre o fim desta semana e o início da próxima.

Integrantes do núcleo político de Leite avaliam que o martelo pode ser batido apenas às vésperas da convenção que formalizará o nome do tucano para a disputa estadual, o que ocorrerá em 31 de julho.

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