Política
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Por Ricardo Mendonça — De São Paulo


A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) confirmou ontem sua pré-candidatura à Presidência da República. O anúncio público foi feito pelo presidente nacional do partido, o deputado federal Luciano Bivar (PE), em entrevista coletiva concedida na sede paulista da sigla.

O evento contou com as presenças de Bivar, Thronicke, do presidente do União Brasil em São Paulo, Antônio de Rueda, e de parlamentares da legenda no Estado. O nome de Thronicke será submetido à convenção nacional do União Brasil, marcada para sexta-feira. Thronicke alertou que o momento econômico é “um dos mais difíceis que o país enfrenta”. “Os problemas da população não diferem se a pessoa é de direita ou de esquerda. A intenção é falar para todos os brasileiros e brasileiras”, afirmou a agora pré-candidata.

Ao falar rapidamente de economia, ela disse que tem “DNA liberal”, defendeu a realização de uma reforma tributária e mencionou o nome do economista Marcos Cintra, ex-colaborador do ministro Paulo Guedes (Economia), como um dos formuladores de seu programa.

Planos de governo em diversas áreas que já vinham sendo preparados pelo partido serão aproveitados, informou, “agora com um toque feminino”.

Luciano Bivar era citado como pré-candidato à Presidência até a semana passada. A saída do deputado da disputa - ele deve concorrer à reeleição - ocorreu em meio a uma articulação conduzida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para diminuir o número de postulantes, o que tende a aumentar sua chance de vencer a eleição já no primeiro turno.

A substituição de Bivar por Thronicke não reduz o número de concorrentes. Mas tem o potencial de enfraquecer o apelo novidadeiro da candidatura de Simone Tebet (MDB em coligação com PSDB e Cidadania), uma dificuldade a mais para seu crescimento nas pesquisas.

Isso porque as duas mulheres têm perfis semelhantes Thronicke tem 49 anos, apenas três a menos que Tebet. Ambas são senadoras pelo Mato Grosso do Sul, estado que tem apenas 1,4% dos eleitores brasileiros. Tebet está em fim de mandato, Thronicke conta com mais quatro anos de mandato pela frente. E as duas são consideradas militantes de centro-direita.

Thronicke foi eleita em 2018 pelo então partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL. Depois da vitória, Bolsonaro migrou para o PL enquanto o PSL foi fundido com o DEM para dar origem ao União Brasil. Thronicke, embora seja vice-líder do governo, demarcou distância de Bolsonaro em relação a temas como a confiança no voto eletrônico e o combate à pandemia.

Durante a entrevista, Bivar afirmou apenas que mantém conversas constantes com representantes de outros partidos políticos. “São republicanas, é natural”. Ele não confirmou que tenha falado diretamente com Lula. “Nos sentimos envaidecidos de todos nos procurarem.”

Em mais de uma ocasião Thronicke disse ter certeza que Bivar e seus colegas do partido não irão abandoná-la. E não economizou em elogios ao dirigente. Primeiro disse que Bivar merece reconhecimento por ter conseguido “antever” o que iria ocorrer no país em 2018 e “deu a legenda” para Bolsonaro. Depois, afirmou que, “em outro ato de vanguarda”, promoveu a fusão PSL-DEM antecipando uma tendência hoje forte no meio político.

O nome do possível candidato ou candidata a vice de Thronicke não foi mencionado na entrevista. Segundo Rueda, que também é vice-presidente nacional do União Brasil, esse nome deverá anunciado até sexta-feira. “Será a cereja do bolo”, completou.

Provocada a falar sobre o assunto, Thronicke, ex-apoiadora de Bolsonaro, manifestou confiança no sistema eleitoral e nas urnas eletrônicas. “Estamos tranquilos em relação a isso”, afirmou ela, depois de lembrar que faz parte da comissão chamada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para acompanhar os testes de segurança da urna e os preparativos para a eleição. “Somos confiantes no processo eleitoral”.

Mas há uma preocupação, segundo ela, com a possibilidade de algo atrapalhar o pleito no dia da eleição. A pré-candidata não especificou, porém, o que seria.

A eleição para governador de São Paulo também foi tratada pelos representantes do União Brasil durante a entrevista coletiva.

Sob o olhar de Luciano Bivar, Rueda e o vereador Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, garantiram que o União Brasil apoiará a candidatura à reeleição do governador Rodrigo Garcia (PSDB) mesmo que o candidato a vice a ser escolhido não seja do partido.

“Todos sabem que o União Brasil foi o primeiro partido a anunciar apoio a Rodrigo”, disse Rueda. “Se o convite foi feito a mim, vou pensar”, completou.

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