Política
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Por Paula Martini, Cristiane Agostine e Ricardo Mendonça — Do Rio e de São Paulo


Alessandro Molon: candidaturas do PSB no Rio são definitivas e irrevogáveis — Foto: Wenderson Araujo/Valor - 10/2/2022
Alessandro Molon: candidaturas do PSB no Rio são definitivas e irrevogáveis — Foto: Wenderson Araujo/Valor - 10/2/2022

Um dia depois de selar a trégua com o deputado Alessandro Molon (PSB), o candidato pessebista ao governo do Rio, Marcelo Freixo, viu a sua campanha ser alvo de nova investida do PT. Uma ala do partido insatisfeita com lançamento, na véspera, da candidatura de Molon ao Senado pediu o rompimento da aliança com Freixo. Na interpretação do PT, havia um acordo entre os dois partidos para o lançamento de candidatura única ao Senado no Estado na chapa de Freixo, que ficou com o presidente da Assembleia Legislativa fluminense, André Ceciliano (PT).

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A reação do PT deu-se depois de o PSB ter sacramentado, na quarta-feira, as candidaturas de Freixo, a governador, e de Molon, a senador. Em resposta, ontem, a direção nacional do PT adiou a convenção estadual do partido marcada para segunda-feira, que oficializaria o apoio a Freixo. A formação do palanque no Rio será discutida pela direção nacional dos partidos, que vão se reunir em São Paulo, na semana que vem. PT e PSB são aliados na eleição nacional, mas vêm enfrentando problemas nos arranjos estaduais.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que quer fazer uma discussão “séria” com o PSB. A ofensiva contra Freixo foi liderada pelo ex-prefeito de Maricá (RJ) Washington Quaquá, que defende o rompimento com o deputado. Em documento enviado à Gleisi, Quaquá classificou a atitude do PSB como “inadmissível”. O dirigente participou ontem da convenção nacional do partido, em São Paulo, e defendeu a candidatura única de Ceciliano ao Senado. “O PSB descumpriu todos os acordos”, criticou Quaquá. “O PT deve romper a chapa Molon e Freixo. É uma chapa estreita, que só atinge a classe média.” Na avaliação dele, o lançamento de dois candidatos ao Senado na mesma chapa seria “um erro”.

Quaquá defende ampliar palanques para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Rio e, neste mês, participou de evento com Rodrigo Neves (PDT), que oficializa amanhã a candidatura ao governo do Rio. Outros dirigentes ficaram irritados com a postura do PSB. Também dirigente nacional do PT, Lourival Casula afirmou que eventual acordo com Neves, articulado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), “é mais vantajoso”. Jilmar Tatto, diretor de comunicação do PT, disse que o partido nunca se sentiu “totalmente confortável” no apoio a Freixo e que agora “o debate está aberto”.

Procurado pelo Valor, Freixo disse que o PT está exercendo pressão “normal”: “Não tem o menor risco de o PT não nos apoiar aqui no Rio. É uma pressão normal por causa do Senado.” Prosseguiu: “Essas pessoas sempre estiveram contra a gente, nunca estiveram a favor. Não mudou nada em relação à posição esmagadora, inclusive do presidente estadual do partido, Joãozinho, e a presidente nacional, Gleisi Hoffmann”, disse.

O ex-presidente Lula esteve no Rio este mês e defendeu a chapa com Freixo ao governo e Ceciliano ao Senado. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, manifestou-se nas redes sociais. Publicou imagem de Freixo e Molon, lado a lado, e escreveu: “O PSB tem os melhores quadros para o governo do Rio de Janeiro e Senado, com as candidaturas de Marcelo Freixo e Alessandro Molon já aprovadas pela convenção estadual.”

Siqueira havia dito ao Valor que não iria intervir e que a decisão final caberia à direção estadual. Molon é o presidente do PSB no Rio. Procurado, Molon manifestou-se via nota da executiva estadual do PSB. No texto, o PSB-RJ afirma que as candidaturas de Freixo e Molon têm caráter definitivo e irrevogável. O presidente estadual do PT, João Maurício de Freitas, disse que a candidatura de André Ceciliano está “confirmada e reafirmada”.

Freixo enfrenta ainda a investida do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Paes ofereceu a vaga de vice de Neves a Cesar Maia (PSDB). A informação foi confirmada por Felipe Santa Cruz, vice de Neves.

A família Maia recusou a oferta e a campanha de Freixo e o presidente do PSDB-RJ, Rodrigo Maia, devem formalizar hoje a decisão da legenda de indicar Cesar Maia como candidato à vice de Freixo. (Colaborou Marcelo Ribeiro, de Brasília)

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