O ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Jair Bolsonaro, Marcos Pontes (PL), é o nome melhor cotado no momento para ser o candidato a senador na chapa do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo.
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Pontes tornou-se a opção de consenso entre Tarcísio e Bolsonaro, conforme apurou o Valor. Filiado ao PL desde 27 de março, a indicação do nome do ex-astronauta à corrida ao Senado também contempla demanda do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto. O vice de Tarcísio, o ex-prefeito de São José dos Campos Felicio Ramuth, é filiado ao PSD. Tembém integram a aliança do pré-candidato PTB e PSC.
A pré-campanha de Tarcísio diz que o critério definitivo para a escolha do nome ao Senado será o desempenho em pesquisas eleitorais. O Republicanos encomendou pesquisa de intenção de votos para governador e senador que será divulgada até quarta-feira. O levantamento está a cargo do Instituto VER Pesquisa e Estratégia, do cientista político Malco Camargos.
Na semana passada, Tarcísio havia dito a Bolsonaro que a sua primeira opção para o Senado seria Paulo Skaf. As últimas pesquisas de intenção de voto apontaram o ex-presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) com melhor desempenho do que outros postulantes, como Pontes, a deputada Carla Zambelli, a médica bolsonarista Nise Yamaguchi e a deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), que já se declarou pré-candidata “com ou sem o apoio de Bolsonaro.”
No entanto, Skaf tem deixado claro a interlocutores próximos que avaliaria a hipótese de concorrer se recebesse um convite de Tarcísio e do presidente. O prazo é curto, já que a convenção do Republicanos para oficializar a chapa Tarcísio-Ramuth ocorrerá no dia 30 de julho, em São Paulo.
Em conversa com aliados, ontem, Skaf externou falta de disposição para a empreitada. Disse que deixou o MDB pelo Republicanos em abril atendendo a pedido de Tarcísio, e assinalou que, na ocasião, indicou que toparia concorrer ao Senado. No entanto, o ex-presidente da Fiesp ressaltou que a ideia não vingou em razão do projeto de ter o apresentador José Luiz Datena (PSC) concorrendo na chapa de Tarcísio. Datena desistiu de se candidatar em 30 de junho.
Skaf lembrou ainda que Datena firmou compromisso com o presidente no dia 13 de maio, durante almoço oferecido pelo ex-presidente da Fiesp em sua casa, em São Paulo. Além de Bolsonaro e do apresentador, Tarcísio também esteve no encontro.